O prédio da Receita Federal, na Avenida Loureiro da Silva, na capital – mais conhecido como “o Chocolatão” -, ficou sem nenhuma segurança na manhã desta quinta-feira (11). Sem receber o salário de fevereiro e com o vale alimentação também atrasado, os vigilantes da Segurança Kessler, responsável pelo posto, paralisaram suas atividades, desde o início da manhã, e fizeram uma manifestação de protesto, na frente do prédio, com o apoio da diretoria do sindicato que compareceu ao local.
No início da tarde, após negociação do presidente do Sindivigilantes do Sul, Loreni Dias, e a assessoria jurídica com o gestor do contrato, foi liberado o pagamento dos trabalhadores, 22 no total, foi liberado e eles voltaram ao trabalho normal. O gestor informou à direção que o contrato com a Kessler é emergencial.
Porém, o presidente Dias destacou que essa empresa vem atrasando os salários seguidamente. Segundo ele, já é a quarta ou quinta contratada pela Receita que fica, no máximo, um ano no posto e repete os mesmos problemas. Ele voltou a destacar o projeto anti-Calote, tramitando na Assembleia Legislativa, como a melhor saída para prevenir essas situações. A proposta, de autoria do deputado Adão Villaverde (PT), prevê a criação de um fundo para proteger os trabalhadores terceirizados.
Numa conta, num banco público, seriam depositados, mensalmente, os valores dos direitos dos trabalhadores contratados pelas empresas prestadoras de serviços aos órgãos públicos. Independente da situação da empresa, todos teriam garantidos os seus pagamentos e o órgão público não correria o risco de ser responsabilizado pelas dívidas da terceirizada.