O Sindivigilantes do Sul encaminhou notificação à Geseg Segurança e Escolta Armada, com sede em Cachoeirinha, exigindo explicações e providências para as denúncias sobre várias irregularidades que a empresa estaria cometendo, em prejuízo dos seus vigilantes. Estas seriam algumas delas:
– Segundo as denúncias anônimas, a Geseg não está pagando o adicional de troca de uniforme previsto na norma coletiva;
– A empresa exige mas não fornece o uniforme, entrega apenas uma camisa com sua logomarca aos trabalhadores. O restante, conforme as denúncias, eles mesmos precisam comprar e arcar com os custos;
– Não tem local na empresa para troca de uniforme;
– A Geseg não está pagando o vale-alimentação previsto na convenção coletiva de trabalho;
– Os vigilantes não têm intervalo intrajornada, mas precisam marcar no ponto como se tivessem;
– Os trabalhadores não podem marcar a jornada correta no ponto. A empresa permite apenas a marcação de 190,40 horas normais e o que for acima disso não pode marcar e nem é pago como extra;
– A empresa está atrasando em torno de 48 dias o pagamento do auxílio combustível, que ela criou, sendo que neste período os trabalhadores precisam arcar com este custo do próprio salário;
– Também estão sendo pagas com atraso as diárias criadas pela empresa, no valor de 15,00 para quem termina uma missão após as 07 horas e R$ 25,00 após as 13h. Os trabalhadores pagam almoço e café do próprio bolso e a empresa faz o ressarcimento quase dois meses depois.
– Todos os vigilantes precisam ficar 24 horas à disposição da empresa para assumir uma missão a qualquer hora, inclusive para viagens, mas a empresa não paga por esse tempo à disposição.
– A empresa teria imposto a seus empregados a redução de jornada e salário, com base nas medidas provisórias do governo, mas os vigilantes não tiveram a redução de jornada, apenas seus salários foram reduzidos. Isto é um fato grave, pois implicaria numa fraude da empresa.
– O FGTS não está em dia;
– A partir de janeiro de 2021 a empresa passou a fazer descontos indevidos nos contracheques por valores que teria pago “a maior” de adicional noturno, mas como isso sempre foi pago ao longo dos anos, o benefício se incorpora ao contrato de trabalho e não pode mais ser suprimido sob pena de ofensa à regra do artigo 468 da CLT, diz a notificação.
No documento, o sindicato cobra explicações da empresa e o pagamento retroativo aos vigilantes de todos os seus direitos e benefícios previstos na Convenção Coletiva de Trabalho, como vale-alimentação e adicional de troca de uniforme, entre outras providências.
Caso não haja resposta imediata da Geseg neste sentido, a assessoria jurídica adianta que vai fazer denúncia contra a empresa junto ao Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego e Polícia Federal. Também fará o ajuizamento de ação judicial para defesa dos direitos dos trabalhadores.