O presidente do Sindivigilantes do Sul, Loreni Dias, esteve reunido na manhã desta terça-feira (13) com representantes do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, para tratar da jornada 4 x 1 dos vigilantes da Seltec, que presta o serviço de segurança privada para a instituição. O sindicato quer o fim dessa jornada e a adoção da 12 x 36.
Acompanhado do advogado Maurício Vieira da Silva, Dias foi informado que a direção do hospital já ouviu a empresa, em outra reunião, vai tomar uma decisão sobre isso e comunicar o sindicato, nos próximos dias.
Dia 24 de outubro, o presidente encaminhou ofício notificando o hospital que a Seltec está exigindo dos vigilantes “jornadas compensatórias não previstas na Convenção Coletiva, denominadas 4 x 1, o que é, no entender do sindicato, ilegal”.
A chefe do serviço de Direito Administrativo, Licitações, Contratos e Convênios do hospital, advogada Tania Ribeiro Proença, informou que a Seltec tem dois contratos com o HCPA: um que termina em dezembro e o outro termina em março, e estão preparando uma nova licitação. Até isso acontecer, o atual contrato pode ser prorrogado. Segundo Dias, o sindicato é favorável à prorrogação, desde que o problema da escala seja resolvido.
Tânia afirmou também que não tinha conhecimento das reclamações dos vigilantes quanto à escala e ficou surpresa com a notificação do sindicato. Segundo ela, esta situação “preocupa muito” porque os vigilantes trabalham com um público externo e interno muito grande e o hospital “precisa de uma equipe satisfeita prestando o serviço”.
Também estava presentes a gestora do contrato, Denise Severo, a advogada Tatiana Seefelds, responsável pelas licitações, e o chefe de Logística e Segurança, Ademir Rama.
Dias e Maurício reforçaram que a escala não está prevista em convenção coletiva, acrescentando que o sindicato já teve, inclusive, ganho de causa contra a Seltec em ações judiciais pela mesma razão, contra a 4 x 1. Foi o que aconteceu, por exemplo, em relação aos postos da Caixa Econômica Federal, Trensurb, Lojas Claro e Secretaria Estadual da Saúde, casos onde a Justiça do Trabalho determinou a volta da escala 12 x 36.
Ao final, ficou combinado que o hospital vai analisar a questão, em breve, e decidir o que vai fazer, se vai deixar tudo como está ou solicitar a mudança de escala à empresa, e avisará o sindicato. O presidente e o assessor jurídico se colocaram à disposição para uma nova conversa, se for o caso, visando uma solução de comum acordo.