O Sindivigilantes do Sul recebeu denúncias anônimas muito sérias sobre irregularidades nas condições de trabalho, desrespeito e intimidação contra os vigilantes da GPS (Rudder) que trabalham no Barra Shopping.
O que mais incomoda os trabalhadores e trabalhadoras é a falta de assentos para descanso, sendo obrigados a fazer toda a jornada e 11 horas em pé.
“Não aguento mais isso,” foi uma das afirmações que o sindicato recebeu nas denúncias, de vigilantes submetidos a essa condição de trabalho que chega a ser desumana. Ninguém, nenhum dos vigilantes, tem o banco para aliviar um pouco o cansaço, que com o tempo vira dores nas pernas e na coluna.
A diretora Cristiloren Luz e o diretor Sílvio Ravanel Júnior foram ao shopping para tentar resolver esta situação com o supervisor de segurança, Alexandre (não foi informado o sobrenome), mas a resposta foi a pior possível.
Segundo a diretora, o supervisor simplesmente descartou qualquer possibilidade de implementação dos bancos para descanso no shopping, dizendo que o equipamento não é obrigatório: “Aqui não vai ter banco”, disse ele, equivocadamente, aos diretores.
Já os vigilantes, estavam intimidados, com medo de represálias, e quando eram indagados sobre a situação mal respondiam e se afastavam dos representantes do sindicato. No entanto, anonimamente os relatos são dramáticos, com alguns inclusive dispostos a pedir demissão se isto não for solucionado logo.
Assessoria jurídica tomará providências
Neste sentido, o assunto já foi encaminhado para a assessoria jurídica do sindicato, que tomará as providências necessárias a fim de que seja cumprida a legislação e garantidas as condições de trabalho dignas e seguras para esses vigilantes, que estão tendo a sua saúde física e emocional prejudicada.
A convenção coletiva de trabalho vigente (2023/2024) garante o direito dos trabalhadores (as) aos assentos para descanso no local de trabalho, conforme a cláusula 77ª (septuagésima sétima):
“As empresas ficam obrigadas a providenciar a colocação de assentos adequados para serem utilizados durante os intervalos para repouso e alimentação, mantida a proporção da NR 17, da Portaria MTE Nº 3.214/78″, diz a CCT.
Pontal Shopping
A diretora Cristiloren e o diretor Sílvio Jr. também foram ao Pontal Shopping e lá encontraram uma situação muito diferente, tudo em conformidade com a legislação, embora o contrato seja da mesma empresa, a GPS (Rudder).
O sindicato havia notificado o Pontal Shopping, inaugurado há dois meses, pois ali havia problemas também, mas rapidamente tudo foi resolvido e o supervisor de segurança, Jorge Henrique Pizzuti, fez questão de mostrar que todos os vigilantes já têm assentos individuais de descanso.
Além disso, segundo a diretora Cristilorem, há um bom refeitório para os vigilantes, assim como banheiro masculino e feminino , local de troca de uniforme e sala de descanso par todos.
“Há uma diferença muito grande de tratamento e respeito com os trabalhadores no Pontal Shopping, bem diferente do que vimos no Barra Shopping”, afirmou a diretora.
Como a direção da GPS (Rudder) no Rio Grande do Sul explica isso? Sem esquecer que o contratante do serviço, o Barra Shopping, tem responsabilidade pelo bem estar dos seus contratados também deverá responder por esta situação.
Veja vídeo sobre o tema clicando aqui no link.
Foto apenas ilustrativa / Ergotríade