O Sindivigilantes do Sul encaminhou denúncia ao Ministério Público do Trabalho (MPT) contra a empresa Esquadrão Pretoriana e um condomínio residencial de Porto Alegre, por tratamento desumano e rigor excessivo contra cerca de 20 trabalhadores, entre vigilantes, vigias e porteiros.
São diversas as situações irregulares relatadas ao MPT, que chegaram ao sindicato através de um trabalhador. A denúncia diz que estão exigindo desses trabalhadores o cumprimento das suas longas jornadas em pé, não sendo permitido sentar, de forma “extenuante e desumana”.
Das 13 horas trabalhadas, diariamente, os vigilantes passam oito horas caminhando, em rondas de 30 minutos, e o restante em pé, sem nunca poder sentar. Até mesmo para ir ao banheiro eles têm dificuldades, pois precisam pedir licença ao líder, que costuma demorar muito até conceder a liberação.
Mesmo que os trabalhadores sejam contratados para realizar jornada 12×36, das 07h às 19h, essa jornada não é respeitada, pois lhes é exigido o cumprimento de escala 5×1, sem descanso das 36 horas. Entretanto, a empregadora determina que o registro no controle de jornada seja marcado como se tivessem realizado a 12×36, disse o denunciante.
Vídeos também mostram as más condições do local de trabalho. O documento ressalta que o condomínio sabe de tudo, mas não tomou nenhuma medida para mudar tal situação. Diante disso, o sindicato solicitou ao MPT para que tome as medidas cabíveis, pedindo a condenação da empresa e do condomínio pelos danos causados aos trabalhadores.