Os diretores Luiz Paulo Motta e Luiz Henrique Aguiar compareceram na noite ontem, terça-feira (25), no posto da STV na Lomba do Pinheiro, para conferir uma denúncia anônima de más condições de trabalho e diversas irregularidades. No local, constataram que o único vigilante, inclusive, corre risco de vida.
Ele precisa fazer de hora em hora a ronda na noite, de cerca de 3,2 quilômetros, que os diretores percorreram de carro, mas o vigilante faz sempre a pé. A moto que seria para isso está estragada, faz muito tempo. Mas até mesmo de moto seria arriscado.
O trabalhador é obrigado a caminhar por uma trilha de chão, barrenta, no meio de um matagal muito fechado e na escuridão total, sem enxergar nada além do que alcança a sua lanterna. Além disso, usa um revólver velho, enferrujado, com munição antiga, e um colete rasgado. Veja os vídeos nos links:
Pedreira – Vídeo 2
Pedreira – Vídeo 3
Nestas condições, é grande o risco dele ser surpreendido por um ataque de criminosos.
“Esta situação é um perigo total para o vigilante, parece que a empresa não está preocupada com a segurança do trabalhador, apenas com a segurança do patrimônio”, disse Motta, vice-presidente do sindicato.
“O sindicato não aceita isso e vamos tomar nossas providências”, completou.
A empresa anterior que prestava o serviço tinha três vigilantes por turno. Agora, se algo acontecer, o trabalhador estará completamente sozinho e só terá socorro no dia seguinte, quando chegar o colega do próximo turno.
Por isso, além de um carro para a ronda, o sindicato vai cobrar da empresa também armamento novo, munição em dia, EPI regular, e vai pedir esclarecimento de quantos vigilantes estão previstos no contrato. Conforme os diretores, pelo tamanho da área para fazer a ronda, num breu total, a equipe deveria ser ampliada.