Medidas de Temer e Sartori vão causar
mais desemprego e agravar a crise
É com enorme preocupação que o Sindivigilantes do Sul recebe as recentes notícias de medidas de Brasília e do Palácio Piratini que, a nosso ver e dos demais sindicatos e as centrais, vão apenas aumentar o desemprego, aprofundar ainda mais a crise econômica e não vão, com certeza, resolver a crise financeira do Estado e do País.
A nível federal, anunciaram que 379 agências do Banco do Brasil serão transformadas em postos de atendimento e 402 serão fechadas, muitas delas no Rio Grande do Sul. O governador Sartori anunciou o fechamento de nove fundações, entre várias outras medidas que vão afetar profundamente o serviço público no Estado, com grande número de demissões.
Ao contrário do que muitos pensam, não são apenas os funcionários públicos que serão atingidos. Com certeza, isto vai afetar grandemente a nossa categoria, causando demissões em toda a rede de prestadores de serviços dos setores que sofrerão os cortes. A isto, somam-se os ataques aos nossos direitos trabalhistas e previdenciários, a reforma autoritária do ensino médio e os cortes nas políticas sociais. É um tsunami contra os trabalhadores (as).
A economia brasileira passa por graves problemas, está enferma, e o que o Governo Federal e o Governo do Estado estão fazendo é a mesma coisa que tirar o oxigênio do paciente. Vão matar o doente de vez. A preocupação número um de qualquer governo responsável, numa situação como a atual, deve ser a preservação dos empregos, para manter a economia girando e preservar os meios de sobrevivência do povo.
No entanto, o governo preserva apenas os juros abusivos dos bancos, que são os mais altos do mundo – repetimos, DO MUNDO – que proporcionam lucros absurdos aos bancos e tolhem o crescimento da economia. Poderia taxar as grandes fortunas e aumentar os impostos dos ricaços, que pagam pouco imposto neste país – quem paga muito são os trabalhadores (as).
Mas, em vez disso, os governos federal e estadual, do mesmo partido, adotam políticas de encolhimento do estado que fecham milhares e milhares de vagas. Além de jogar no desemprego um numero incontável de chefes de família, isso afeta o comércio, a indústria, e cria um círculo vicioso de quebradeira de empresas médias e pequenas, gerando mais desemprego por toda a economia.
Vamos, imediatamente, procurar a CNTV, a CUT , o sindicato dos bancários, os funcionários públicos e todos os demais sindicatos das categorias afetadas para traçarmos juntos uma estratégia de resistência. Vamos protestar, resistir, lutar, como sempre fazemos, e convocamos toda a categoria a se unir nessa hora, em solidariedade aos colegas ameaçados (as) de desemprego. Não assistiremos à perda de empregos e à perda de nosso direitos de braços cruzados. Vamos lutar!
A DIREÇÃO
Sindivigilantes do Sul