Delegado Marcelo Picarelli, segundo da direita para esquerda, quer
ajuda do sindicato para apertar o cerco às empresas irregulares
O presidente do Sindivigilantes do Sul, Loreni Dias, o diretor jurídico, Gérson Farias e o assessor jurídico da entidade, Arthur Dias, participaram na última sexta-feira (24) de uma reunião com o titular da Delegacia de Controle de Segurança Privada (Delesp), delegado Marcelo Picarelli. Este informou que ainda aguarda uma orientação da direção da PF, em Brasília, sobre a fiscalização dos bancos que não estão cumprindo a lei da vigilância 24 horas, nos municípios onde a legislação está em vigor.
Há cerca de três meses o delegado recebeu um ofício do sindicato solicitando ações da PF junto aos bancos que estão desrespeitando a legislação da vigilância 24 horas. Segundo o delegado, assim que a lei foi aprovada nas primeiras cidades, a direção da PF foi informada e, desde então, ele aguarda uma definição sobre os procedimentos que deverão ser adotados nestas localidades. Neste sentido, o Sindivigilantes vai oficiar a Coordenação Geral de Segurança Privada da PF, na capital federal, visando acelerar o posicionamento do órgão, a fim de dar efetividade à fiscalização do cumprimento das leis em vigor.
Picarelli também convidou o Sindivigilantes e sua assessoria jurídica a participarem de uma reunião, nesta terça-feira (28), que vai tratar das empresas irregulares na área da segurança privada. Estão convidadas a Receita Federal, Junta Comercial, Câmara dos Diretores Lojistas, Polícia Civil e Brigada Militar, entre outros órgãos e entidades. “É preciso regular melhor a criação de empresas nesta área, porque empresas de portaria, por exemplo, não são de segurança privada”, disse o delegado. O mesmo demonstrou estar muito preocupado com empresas sem a qualificação necessária que estão fazendo segurança até de grandes eventos.
Por isso, relatou que a PF está “apertando o cerco” sobre as irregularidades no setor a partir dos maiores clientes da segurança privada, como prefeituras e grandes indústrias, alertando-os que precisam ficar mais atentos à legislação do setor. “Não podem atuar no mercado empresas que não estejam registrados nem na PF e nem na Brigada Militar”, afirmou.
Os representantes do sindicato vão colaborar repassando à PF as informações sobre as empresas picaretas, que não cumprem com suas obrigações trabalhistas, que são registradas em nome de “laranjas” e que ganham licitações sem a mínima condição de cumprir os contratos. “A reunião foi ótima, ficamos satisfeitos com as informações do delegado e somos parceiros nessa fiscalização que ele quer fazer sobre a picaretagem na segurança privada”, afirmou o presidente Dias.