Têm chegado ao presidente do Sindivigilantes do Sul, Loreni Dias, muitas mensagens e telefonemas com pedidos de ajuda dos vigilantes de cidades do interior que estão sem sindicato e, por isso, ficam à mercê das empresas, que fazem o que bem entendem com os trabalhadores.
Além disso, estão sem convenção coletiva e sem o reajuste dos salários que os demais vigilantes do Estado vão receber em março. Alguns não receberam nem o aumento de 2021, ainda por cima.
“Esta é uma boa lição para quem não quer apoiar o sindicato e cancela a cota, quem pensa assim deveria conversar com seus colegas sem sindicato que estão totalmente desamparados e nos pedindo socorro”, afirmou o presidente do Sindivigilantes do Sul, Loreni Dias. “Fica sem sindicato pra ver o que acontece, os patrões deitam e rolam”, completou.
São os casos de Lajeado, Santana do Livramento, Itaqui, Rosário do Sul e Dom Pedrito, onde os sindicatos da categoria encerraram suas atividades. Tem o caso ainda de Uruguaiana, que enfrenta sérias dificuldades por uma falha do Ministério da Economia no registro da diretoria.
A reforma trabalhista, em 2017, decretou o fim do imposto sindical, que consistia no desconto de um dia de trabalho de cada trabalhador, e os sindicatos passaram a depender totalmente das mensalidades dos sócios e contribuições dos trabalhadores.
Mas sem arrecadação suficiente, muitas entidades não conseguem pagar nem o aluguel da sede e param de funcionar.
Segundo Dias, não é uma coisa simples tomar conta desses lugares onde os sindicatos fecharam as portas, porém a assessoria jurídica está estudando a situação para ver o que é possível fazer.
“Nós queremos ajudar quem está nessa situação e consultamos nossa assessoria jurídica sobre a possibilidade de assumirmos essas bases”, completou Dias.
Se o parecer dos advogados for favorável, devem ser publicados editais e serão realizadas assembleias para consultar os vigilantes, se querem realmente transferir suas bases para o Sindivigilantes do Sul.
“Aguardem a confirmação das assembleias”, pediu o presidente.
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