Com a eleição da nova diretoria da Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes (CNTV) para os próximos quatro anos, foi encerrado na última sexta-feira (25), em Salvador, o 11° Congresso Nacional dos Vigilantes, com uma participação muito expressiva de lideranças nacionais e locais da categoria.
O atual presidente da CNTV, José Boaventura, foi reeleito para um novo mandato até 2026. Na mesma chapa foram eleitos, com outros dirigentes, o presidente do Sindivigilantes do Sul, Loreni Dias, para o cargo de secretário de relações sindicais, e a diretora Elisa Araújo, escolhida para ser a diretora da Confederação na Região Sul.
Boaventura agradeceu a confiança dos colegas e apontou os novos caminhos da CNTV: “Agradeço o gesto de confiança em nossa eleição e honrarei cada voto, cada expectativa, cada fio de esperança que foi ofertado. Máximo respeito à luta dos vigilantes pelo Brasil”, disse.
O evento foi palco de debates importantes acerca do momento político atual e seus reflexos para os vigilantes. As discussões incluíram temas como ação e representatividade sindical, tecnologia x mão de obra, segurança privada, piso salarial e geração e manutenção de postos de trabalho.
A eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, um sindicalista, como presidente da República também pautou as discussões diante do protagonismo que a classe trabalhadora deverá ter no cenário social e econômico.
Reforma prejudicial aos trabalhadores
Segundo o secretário de Finanças da CNTV, Paulo Quadros, a reforma trabalhista foi prejudicial aos trabalhadores e precisa ser alvo das ações iniciais do novo governo.
“Desde a transição e quando iniciar o governo, o presidente Lula terá desafios significativos para resgatar a dignidade dos trabalhadores e trabalhadoras do país. A reforma trabalhista deformou e atingiu mortalmente os nossos direitos”, afirmou.
Ele disse ainda que “a organização sindical será fundamental nessa nova reconstrução social e no alinhamento para mobilizar os companheiros para essa missão que precisa de uma nova forma de pensar, agir e resguardar a sociedade”.
Boaventura também manifestou sua expectativa e o seu compromisso como presidente da Confederação: “Viveremos a retomada social com o governo Lula e a nossa entidade (CNTV) será porto seguro da defesa da democracia e dos direitos da categoria”.
Já o presidente Dias fez uma avaliação muito positiva do congresso e acredita que as pautas que ele e a diretora Elisa apresentaram para debate terão agora mais apoio e mais força, com o novo governo, para serem aprovados como projetos de lei no Congresso Nacional.
Principalmente o projeto anticalote, que prevê um fundo para garantir os direitos dos vigilantes em caso de fechamento das empresas, e o projeto da cota de 20% das vagas para as mulheres nos contratos. “Estamos muito mais otimistas de que agora esses projetos possam ser aprovados e virarem lei em todo o país”, disse Dias.