Numa reunião na manhã desta quinta-feira, representantes do Cais do Porto garantiram ao diretor de finanças do sindicato, Luis Henrique Aguiar, e ao assessor jurídico, Maurício Vieira da Silva, que a fatura da Camargo Segurança de janeiro vai ser bloqueada e que farão o pagamento direto dos salários deste mês dos seus vigilantes, até 10 de fevereiro, no máximo.
Participaram da reunião com o sindicato, na sede administrativa do Porto, o diretor de portos interiores, Bruno Almeida, o supervisor de segurança, Fábio Gaya, o fiscal administrativo do contrato, Marco Antônio de Oliveira e o chefe de divisão do Porto, Régis Oppelt.
Eles estão muito preocupados com a situação dos vigilantes, que continuam indo ao trabalho sem receber os salários de dezembro, sem o vale-alimentação e o vale-transporte da primeira quinzena, além da falta de combustível das viaturas.
Isso tudo, disseram, configura descumprimento de contrato pela Camargo, mas ele ainda não foi rompido porque falta a Justiça decretar a falência da empresa.
Como foi pedido pelo Sindivigilantes do Sul o bloqueio das faturas de todos os postos da Camargo aos postos e à Justiça do Trabalho, o advogado do sindicato adiantou que vai solicitar ao juiz a destinação do valor bloqueado ao Porto, para se evitar que esse dinheiro tenha outra destinação.
Já está em andamento a licitação de um novo contrato de empresa de vigilância, que tem como concorrentes, com a desclassificação da Camargo, a Proline, Bankfort e Lince.
O sindicato pediu e eles responderam que os atuais vigilantes devem ser mantidos pela nova empresa, como costuma acontecer, pois há alguns com mais de 20 anos de trabalho no local. São 64 vigilantes no posto.
Além disso, os vigilantes devem vir ao sindicato para encaminhar com o advogado as ações individuais, para liberação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), fazer a baixa na Carteira de Trabalho, encaminhamento de seguro desemprego e outros direitos.