A movimentação do governo Bolsonaro para aprovar no Congresso Nacional mudanças na lei orgânica das policiais estaduais, inclui a transferência do controle da segurança privada para as policias militares e encontrará resistência e o combate por parte da Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes – CNTV, dos Sindicatos de luta de Vigilantes de todas as partes do país e da grande maioria da categoria. É mais do governo Bolsonaro contra os vigilantes.
Alguns senões contra esta medida (transferência do controle da segurança privada) foram apontados por diversos setores (Procuradores da República, Delegados da Policia Federal, ex-ministros, entre outros), apontando, principalmente, o fato de muitos policiais serem proprietários ou já atuarem nas empresas.
Para os trabalhadores, além destes senões, a aprovação desta proposta significa um retorno a condição dos anos 60/70, quando não existia lei, profissão nacional, um curso preparatório ou registro. Um trabalhador registrado ou cursado num determinado estado não servia para atuação em outro.
Com a lei federal de 1983 (lei 7.102) os trabalhadores tiveram uma profissão reconhecida e regulamentada, com registro e um curso com validade nacional.
A cidadania também perde com a transferência deste controle, uma vez que a formação dos vigilantes obedece a um currículo único nacional, com um peso maior na preservação da vida e da cidadania.
A proposta, portanto é lesiva aos profissionais e à cidadania e encontrará a resistência e a luta para que seja derrotada e o controle permaneça nacional e com a Policia Federal.
José Boaventura
Presidente da CTNV
Presidente do Sindvigilantes/Bahia