Diante da intransigência do sindicato patronal (Sindesp), que quer impor cláusulas inaceitáveis para a categoria, o Sindivigilantes do Sul está enviando, nesta segunda-feira (10), uma proposta de acordo coletivo de trabalho para cerca de 350 empresas de segurança privada do Estado, prevendo o reajuste de 6,73% para os salários e o vale-alimentação no valor de R$ 25,64.
Este aumento salarial corresponde à inflação do ano anterior e mais uma parcela de 0,76% de reposição de perdas passadas. Quanto às demais cláusulas, seriam mantidas as mesmas da convenção anterior, tudo conforme foi negociado e aprovado nas assembleias, sem as novas cláusulas que o Sindesp inventou de última hora.
Pela proposta do Sindesp, por exemplo, o sindicato fica obrigado a pedir licença à patronal antes de entrar com ação judicial contra as empresas; cria dificuldades para a cobrança de multa dos patrões que não cumprem a convenção coletiva e tira o direito do vigilante de receber o aviso prévio, quando há troca de empresas no posto de trabalho.
“Após diversos contatos, a patronal manteve a mesma intenção de enfiar goela abaixo da categoria esses absurdos e nós não vamos aceitar isso que a categoria já rejeitou nas assembleias”, afirmou o presidente do sindicato, Loreni Dias, que assinou, nesta manhã, as propostas para serem encaminhadas às empresas.
“Esperamos a resposta das empresas logo, para que possamos fechar um acordo coletivo de trabalho com cada uma delas”, completou.
O presidente ressaltou que sem acordo o prejuízo não é apenas dos trabalhadores, mas também das empresas porque, além da insegurança jurídica, acumulam diferenças salariais para pagar tudo depois, e sem esse documento também não podem reajustar seus contratos junto aos tomadores de serviços.