Diretores e apoios do Sindivigilantes do Sul realizaram um protesto no Mercado Público de Porto Alegre, nesta manhã de segunda-feira (16), porque os vigilantes do local ainda não tinham recebido o salário do mês, ao contrário do que havia prometido Valmor Muhl, o dono do Grupo Muhl, a empresa de vigilância contratada pela Prefeitura para o posto.
Ele havia dito que sexta-feira, durante a tarde, os 30 vigilantes do posto receberiam os valores em suas contas, mas isto não se confirmou. No final da manhã, contudo, os vigilantes receberam os depósitos em suas contas, após a imprensa ter sido avisada.
Antes disso, o supervisor da empresa, Claudiomiro Peres, tentou impedir a manifestação PACÍFICA do sindicato, quando o diretor Adão Ferreira da Silva abriu a bandeira do Sindivigilantes do Sul no interior do Mercado, e deu um soco no rosto do vice-presidente, Luiz Paulo Motta. Tem várias testemunhas da agressão, entre diretores, vigilantes e clientes.
O sindicato repudia a violência contra o seu diretor por parte do funcionário da Muhl, que deverá responder judicialmente por essa truculência.
Outras duas vezes, o mesmo funcionário já havia agredido verbalmente o diretor financeiro do Sindivigilantes, Luiz Henrique Aguiar da Silva, quando ele foi ao Mercado conferir a situação dos vigilantes, que haviam encaminhado denúncia dos atrasos ao sindicato.
“Viemos reivindicar o salário dos vigilantes, conversamos tranquilamente com o gestor do posto, Ronaldo, falamos com o dono da empresa, Valmor Muhl, e acabo agredido pelo supervisor”, disse Motta.
“Causa indignação essa truculência, a categoria precisa ver isso e ficar do lado do sindicato, que está lutando pelos vigilantes, não podemos admitir que alguém receba o sindicato dando soco na cara de um diretor, ele e a empresa vão responder por isso”, concluiu Motta.
Atrasos acontecem há meses
A empresa tem outros postos público, como os Centros de Referência e Assistência Social (CRAS), Fasc e Emater, mas nestes locais os salários estão em dia.
Os atrasos dos vencimentos dos trabalhadores do Mercado, porém, já vêm acontecendo há três meses, pelo menos, com a alegação da empresa de que a Prefeitura também vem atrasando os pagamentos das faturas da prestação do serviço.
O sindicato já alertou que não vai aceitar esse jogo de empurra entre município e empresa, pois os prejudicados são os vigilantes, que têm o direito de receber seus vencimentos até o quinto dia útil, seja como for.
O empresário disse que o dinheiro foi depositado sexta-feira e que o problema agora era do banco, mas no início da manhã os vigilantes conferiram suas contas e não havia nem sinal do salário.
Por isso os diretores Motta, Adão, Luiz Henrique Aguiar e os apoios Paulo Roberto Dias e Maria Elair da Silva iniciaram o protesto, em uma das entradas do Mercado, junto às paradas de ônibus (vídeo).
Nenhuma truculência vai intimidar ou impedir o sindicato de continuar lutando pelos trabalhadores da vigilância, a direção e a apoios vão voltar ao Mercado quantas vezes for preciso para defender os direitos dos vigilantes.
Nota: O texto foi atualizado no início da tarde, com a informação da agressão e do depósito dos salários.