FIM DA APOSENTADORIA ESPECIAL É O MAIOR CRIME DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA, AFIRMA PAIM

Paim é o único senador gaúcho que já garantiu voto contra a reforma

Paim é o único senador gaúcho que já garantiu voto contra a reforma



O senador Paulo Paim (PT-RS), que tem lutado contra a reforma da Previdência, afirmou quinta-feira (19) que o maior crime da proposta que tramita no Senado, depois de ter sido aprovada na Câmara dos Deputados, é o fim da aposentadoria especial.

À Rádio Senado, Paim lamentou que trabalhadores em atividades de alto risco sejam excluídos da aposentadoria especial pela PEC de Bolsonaro e Paulo Guedes: “Vigilantes, guardas de trânsito, guardas municipais, eletricitários, quem trabalha com produtos químicos e explosivos”, citou Paim.

Ele explicou que “retiram da Constituição a palavra ‘periculosidade’, ou seja, proíbem quem trabalha em área de alto risco, com essa supressão, e deixam lá depois, afirmando que é proibido aposentadoria por periculosidade (caso dos vigilantes)”.

“Isso para mim é o maior crime que essa reforma comete”, afirmou Paim à Rádio Senado.

Atualmente, os profissionais que trabalham nessas condições, como vigilantes, eletricitários e guardas municipais, podem se aposentar depois de 25 anos de contribuição. Mas, de acordo com o senador, a reforma da Previdência vai acabar com isso.

No entanto, o mesmo texto da reforma da Previdência favorece outras categorias com regras mais brandas de aposentadoria: policiais federais, policiais civis, agentes penitenciários e educativos, além de policiais militares e bombeiros.

Como se as outras categorias, como os vigilantes, não corressem também alto risco  no exercício do seu trabalho.

Já os militares das Forças Armadas ficaram de fora da Reforma da Previdência.

Votação no Senado

Nesta terça-feira (24), a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 06/2019) deve ser votada em primeiro turno no Senado. Em outubro, deve passar ainda por uma segunda votação.

Paim é o único dos três senadores gaúchos que já garantiu seu voto contra a reforma e o fim da aposentadoria especial. Os outros dois são Luiz Carlos Heinze (PP) e Lasier Martins (PODE).

Observação:

O Sindivigilantes do Sul, a maioria dos demais sindicatos e a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) estão lutando pela aposentadoria especial e contra essa proposta de reforma da Previdência.

Participamos dos protestos nas ruas, fizemos abaixo-assinado, fomos a Brasília, pressionamos os deputados e senadores de todas as maneiras possíveis. Não nos omitimos e vamos lutar até o fim contra isso.

Infelizmente, a maioria votou em candidatos que não estão do lado dos trabalhadores e que agora, em Brasília, estão retirando nossos direitos.

Fontes: Agência Senado e Rede Brasil Atual (RBA)

*Com informações da Lívia Torres, da Rádio Senado.

E A MOBRA PAGOU!

Diferença da periculosidade foi depositada segunda-feira

Diferença da periculosidade foi depositada segunda-feira na conta dos vigilantes da empresa

Tal como havia sido prometido ao sindicato, a Mobra Serviços de Vigilância efetuou nesta segunda-feira (25) o pagamento da diferença da periculosidade, que os vigilantes tinham recebido com valor menor junto com o salário. As reclamações pelo SAC da empresa não adiantaram.

“Em nossa base, do Sindivigilantes do Sul, podemos afirmar que foi pago, mas em outras bases, desconhecemos se isso aconteceu”, disse o diretor Jurídico, Gérson Farias. Ele ouviu em grupos de whatsapp que em algumas cidades que são bases de outros sindicatos, o valor não teria sido pago ainda.

Ao tomar conhecimento que tinha faltado dinheiro no valor da periculosidade dos trabalhadores, a direção do Sindivigilantes do Sul procurou a empresa, que na quinta-feira garantiu a quitação desse valor no prazo de 48 horas. Apesar dos boatos – dos mesmos de sempre – de que o pagamento só sairia no próximo mês, os valores foram depositados ontem na conta de todos.

O sindicato continua atento a qualquer irregularidade, basta receber a denúncia da categoria e todas as providências possíveis serão tomadas para a solução de situações como esta.

Preferimos primeiro buscar a solução diretamente com as empresas por ser o caminho mais rápido. Mas quando isto não for possível, tomaremos outras medidas na esfera judicial, como também já fizemos. Com o sindicato você pode contar!