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SINDICATO FISCALIZA DENÚNCIAS CONTRA A MW SEGURANÇA

Justiça



O presidente do Sindivigilantes do Sul, Loreni Dias, solicita aos vigilantes com reclamações contra a essa empresa que repassem ao sindicato as informações sobre eventuais irregularidades que estejam acontecendo, para que possam ser fiscalizadas e tomadas  providências na área jurídica, se for o caso.

Conforme o presidente, o sindicato tomou conhecimento que a MW não aceita a sindicalização de seus trabalhadores e faz um desconto irregular de seguro de vida, que é obrigação da empresa, na folha de pagamento dos funcionários.

Outra denúncia que chegou ao sindicato diz que a MW não estaria pagando uma hora de intervalo, apenas meia hora, e que o salário-família também está atrasado. “Queremos que a categoria nos informe as demais irregularidades que possam existir, pelo nosso site, por telefone ou através dos nossos diretores, manteremos o sigilo dos nomes”, disse o presidente.

“Vamos dar uma atenção especial para essa empresa com a nossa fiscalização”, completou Dias.

FISCALIZAÇÃO DO SINDICATO ENCONTRA DIVERSAS IRREGULARIDADES EM POSTOS DE CAMAQUÃ

Presidente Dias e diretora Elisa, no IFSUL

Presidente Dias e diretora Elisa, no IFSUL



Em visita a Camaquã, atendendo a denúncias anônimas, a fiscalização do Sindivigilantes do Sul confirmou diversas irregularidades, nesta quarta-feira. O presidente, Loreni Dias, e a diretora Elisa Araújo encontraram problemas principalmente na empresa MW Segurança, que atende o posto do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense (IFSUL).

A empresa está descontando no contracheque dos trabalhadores, irregularmente, um valor correspondente ao pagamento de um “seguro mensal”, que é uma obrigação da própria empresa. Além disso, não estão pagando a troca de uniforme e nem o intervalo de uma hora, os vigilantes estão recebendo apenas 30 minutos, sendo que trabalham sozinhos, sem rendição, e fazem suas refeições no próprio posto.

Também está fazendo um desconto indevido sobre o contrato de 220 horas, alegando que a escala 12 x 36 não completa a carga horária mensal prevista. No entanto, o contrato de trabalho prevê o pagamento integral das 220 horas.

Por fim, o presidente e a diretora tomaram conhecimento que a MW estaria pressionando seus trabalhadores para que não se associem no sindicato. Inclusive, há uma publicação antissindical na página da empresa no Faceook.

Como a MW já foi notificada diversas vezes, por denúncias parecidas, estas questões serão todas encaminhadas à Assessoria Jurídica, para análise e providências junto à Justiça do Trabalho. “Já estamos atuando para corrigir essas irregularidades, eles são reincidentes, por isso vão receber uma atenção especial da nossa Assessoria Jurídica”.

Outras irregularidades

Camil – Na Camil Alimentos, também em Camaquã, posto da Rudder, trabalha um vigilante por turno, realizando tarefas além das suas funções, como controlar a entrada e saída de caminhões e conferir planilhas.

Os trabalhadores ainda cumprem várias escalas, como 5 x 1 das 06h às 13h e das 15h às 19h, 4 x 2 das 13 às 15 e das 17h até meia-noite e 6 x 1 da meia-noite às seis da manhã.

 

Dias e Elisa_Santander_site

 

Santander – No Santander, atendido pela Epavi, trabalham apenas dois vigilantes que são obrigados a fazer almoço às 09h ou após 16h. O presidente Dias teve uma forte discussão com o gerente da agência, que não vê problema nenhum nisso, embora a convenção coletiva de trabalho estipule claramente o intervalo de almoço entre 10h e 15h.

Sem contar que, como são apenas dois vigilantes, nenhum pode se afastar do posto sequer para ir ao banheiro, já que a legislação determina um mínimo de dois presentes nas agências o tempo todo.

Corsan – Neste posto da Seltec os vigilantes não têm guaritas, ficam ao relento.

Banrisul – Os vigilantes da Mobra no banco ainda não receberam o retroativo, valores que ficaram para trás, da convenção coletiva, que tem data-base em 1º de fevereiro.

Com exceção da MW, que terá sua situação encaminhada diretamente para a Assessoria Jurídica, nos demais casos o sindicato vai fazer contato com a direção das empresas, buscando resolver os problemas mais rapidamente. Se isso não for possível, outras providências serão tomadas, disse o presidente.

Foto: Presidente Dias e Elisa no IFSUL