VIGILANTES DA SECRETARIA ESTADUAL DA EDUCAÇÃO ESTÃO HÁ DOIS MESES SEM RECEBER

O Sindivigilantes do Sul já procurou a empresa e está pressionando para que o pagamento saia logo.



Os vigilantes que trabalham na Secretaria Estadual da Educação (Seduc) estão há dois meses sem salários, vale-alimentação e vale-transporte da empresa Menger Vigilância Ltda, que presta serviço terceirizado ao órgão. O Sindivigilantes do Sul já procurou a empresa e está pressionando para que o pagamento saia logo.

Dia 30 de janeiro, eles receberam apenas R$ 800,00 do salário de dezembro, menos que o salário mínimo e menos da metade do que cada um ganha nesta função.

“A situação é de desespero”, afirma o diretor de imprensa do sindicato, Adão Ferreira da Silva.  “Muitos já estão com água e luz atrasada, com ameaça de cortes, outros estão sem pagar pensão alimentícia e estão com medo de serem presos”, completa.

Sem contar as dificuldades para comprar comida, pagar aluguel e o material escolar dos filhos, que reiniciam as aulas em breve.

Em contato com a direção da Menger, o diretor foi informado que o Estado está em atraso no pagamento de faturas da empresa. Por isso, não há dinheiro e nem previsão de quando os vigilantes vão poder receber. Semana passada Adão já tinha ido na empresa, com as diretoras Cristiloren Alves da Luz e Rosane Schmitz, para exigir explicações pelos atrasos.

Ele também fez contato nesta quinta-feira (07) à tarde com o gabinete do secretário da Fazenda, onde um assessor, que se identificou apenas como Sandro, disse que a orientação do governador Eduardo Leite é pagar os servidores primeiro, somente depois os fornecedores e serviços terceirizados.

“É um desrespeito muito grande com os vigilantes, que fazem a linha de frente na segurança  privada de órgãos como a Seduc e sequer sabem quando vão poder ter dinheiro para pagar suas contas mais básicas, como aluguel, alimentação, água, luz e a comida para suas famílias”, protesta o diretor.

Medidas mais fortes poderão ser tomadas pelo sindicato e pelos trabalhadores, além de medidas judiciais para exigir o recebimento do que eles têm direito. O que não dá é para ficar tanto tempo sem receber, os vigilantes não podem pagar pelos erros da empresa e do Estado.