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A PEDIDO DO SINDICATO, JUSTIÇA BLOQUEIA CRÉDITOS DA LÍDER NA RECEITA FEDERAL

Justiça



Atendendo a uma petição do Sindivigilantes do Sul, o juiz do da 15ª Vara do Trabalho de Porto Alegre, Jefferson Luiz Gaya de Goes, determinou o bloqueio de R$ 450 mil em créditos da empresa Líder Vigilância junto à União Federal. Este valor deve ser retido como garantia dos pagamentos dos vigilantes que foram dispensados quando a empresa teve seu contrato encerrado na Superintendência da Receita Federal no Rio Grande do Sul.

Em reunião no órgão, dia 16 de julho, o  presidente Loreni Dias, o diretor Marcos Barreto, e o advogado Jorge Young, confirmaram com representantes da Receita a substituição da Lìder pela MD Serviços de Segurança no posto. Ficou combinado no encontro que o sindicato entraria com essa ação, como forma de garantir as verbas rescisórias e os saldos de salários dos vigilantes.

No seu despacho, bloqueando os créditos da Líder, o magistrado tomou essa decisão considerando que “a manifesta ameaça objetiva atual de que, não sendo concedida a medida cautelar, é grande o risco que correm os empregados substituídos processualmente de futuramente suportar um dano irreparável ou de difícil reparação”.

Os vigilantes que trabalharam para a empresa Líder no posto da Receita Federal já foram chamados a comparecer com urgência no Sindivigilantes do Sul, para tratar com a assessoria jurídica dos valores que têm a receber de salário e verbas rescisórias.

VIGILANTES DA LÍDER/RECEITA FEDERAL PRECISAM COMPARECER NO SINDICATO

Reunião do presidente Dias, advogado Jorge Young e diretor Barreto, à esquerda, com representantes da Receita

Reunião do presidente Dias, advogado Jorge Young e diretor Barreto, à esquerda, com representantes da Receita



Os vigilantes que trabalharam para a empresa Líder no posto da Receita Federal precisam comparecer com urgência no Sindivigilantes do Sul, para tratar dos valores que têm a receber de salário e verbas rescisórias.

O presidente do Sindivigilantes do Sul, Loreni Dias, o diretor Marcos Barreto e o advogado Jorge Young, da assessoria jurídica, tiveram na manhã desta terça-feira (16) uma reunião com representantes da Superintendência da Receita, na capital.

A Líder foi substituída, neste mês, pela MD Serviços de Segurança, tendo dispensado os vigilantes sem pagar o saldo de salário e o dinheiro da rescisão. Ficou combinado na reunião que o sindicato, ainda hoje, ingressará com ação judicial solicitando o bloqueio do recurso que a Líder ainda teria a receber da Receita, para o pagamento das rescisões.  Também será utilizado o dinheiro do seguro previsto no contrato.

“O sindicato está atento e tomará todas as medidas necessárias para garantir os direitos dos trabalhadores, como sempre fazemos”, disse o presidente Dias.

Participaram, pela Receita, o gestor do contrato, Stéfano Fontana, o chefe substituto de logística, João Gurski Rodrigues, e Erivelton Corrêa Lima, assessor do superintendente.

Eles informaram que já bloquearam faturas anteriores da Líder e que os salários de junho foram pagos diretamente aos vigilantes. Também confirmaram que houve um corte drástico de vigilantes no órgão, desde o ano passado, diminuindo de 33 para 8 trabalhadores na sede, atualmente.

Por decisão do governo federal, a superintendência está cortando verbas para contratação e deve implementar o monitoramento eletrônico nos postos do interior. “É uma imposição de Brasília, não temos o que fazer”, disseram.

 

Vigilantes da Líder não recebem décimo terceiro, recebem ameaças

 

Panfletos denunciando a situação foram distribuídos na entrada do prédio

Panfletos denunciando a situação foram distribuídos na entrada do prédio da Receita Federal

Dirigentes do sindicato realizaram uma panfleteação, no início da tarde de hoje (20), no prédio da Receita Federal contra ameaças da empresa Líder aos vigilantes do posto. Os trabalhadores ficaram sabendo que a empresa não faria o pagamento da segunda parcela do décimo terceiro salário nesta quarta-feira (20), como estava previsto.

Ao tomar conhecimento disso, o sindicato decidiu organizar um protesto e preparar uma paralisação no local de trabalho para amanhã (quinta-feira), se for preciso. A empresa, em vez de garantir o pagamento, enviou recados ameaçando os vigilantes com represálias e demissões.

Não é a primeira vez que a Líder atrasa os vencimentos de seus trabalhadores. “O sindicato repudia essa atitude da empresa e, mais que isso, se os vigilantes não receberem vão acontecer protestos e a paralisação no posto, amanhã”, avisou Marlon Costa, diretor do sindicato.

“ESTAMOS EXERCENDO NOSSO DIREITO, SÓ QUEREMOS O QUE É NOSSO. PAGUEM O QUE DEVEM. NINGUÉM VAI NOS INTIMIDAR!”, afirma o panfleto distribuído pela direção na entrada da Receita Federal, aos clientes e funcionários da instituição.

Após a panfleteação, um dos diretores recebeu a ligação de um representante da Líder que garantiu que as ameaças não partiram da empresa. Mas disse que os vigilantes que paralisarem as atividades serão transferidos de posto. Por volta de 16 horas, fomos informados que outros postos da Líder também não receberam. Como sempre, o sindicato fará tudo que for preciso para assegurar os direitos dos trabalhadores.