Greve Geral vai parar tudo no Rio Grande Sul nesta sexta-feira (14)

Centrais e movimentos sociais realizaram plenária de mobilização

Centrais e movimentos sociais realizaram plenária de mobilização



A unidade e mobilização das centrais sindicais e dos movimentos sociais irão parar o Rio Grande do Sul na greve geral de sexta-feira (14) contra a reforma da Previdência, em defesa da educação e contra o desemprego. Esse foi o sentimento dos participantes da plenária estadual, realizada no início da noite de segunda-feira (10), no auditório lotado do SindBancários, no centro de Porto Alegre.

Estiveram presentes dirigentes da CUT, CTB, UGT, CSB, Intersindical, CSP-Conlutas e CGTB. Também compareceram movimentos como MST, Marcha Mundial de Mulheres e Pastorais Sociais da CNBB, e organizações da juventude, como UNE, UEE, UJS, Umespa, Levante Popular da Juventude e coletivos de jovens do PT e PSol, dentre outras.

O presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, destacou o crescimento da mobilização no Estado nas últimas semanas. Vários sindicatos fizeram ou estão fazendo assembleias de trabalhadores para aprovar a adesão ao movimento. “Ninguém vai segurar os trabalhadores que estão decidindo parar para evitar o fim da aposentadoria, defender a educação e exigir geração de empregos”, afirmou.

Nespolo ressaltou a disposição de luta dos trabalhadores do setor de transporte. “Não somente irão parar os metroviários do Tensurb, mas também os rodoviários, que estão se manifestando favoráveis à greve geral, sobretudo depois das panfletagens das centrais que alertaram a categoria para “o fim da linha da aposentadoria especial, caso seja aprovada a reforma do governo Bolsonaro no Congresso”.

Os estudantes garantiram que estarão, desde a madrugada do dia 14, lado a lado com a classe trabalhadora na greve geral. Eles foram protagonistas ao tomarem duas vezes as ruas em maio. No dia 15, os jovens apoiaram a greve nacional da educação, marcada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), que parou o Brasil.

Dia 30, a juventude voltou a se manifestar após a convocação da União Nacional dos Estudantes (UNE), apoiada pelas centrais sindicais, contra os cortes de verbas para escolas, universidades e institutos federais.

Ato na Esquina Democrática

O presidente da CUT-RS anunciou que, no final da tarde do dia da greve geral, as centrais realizarão um ato, às 18h, na Esquina Democrática, com concentração a partir das 17h. O objetivo é potencializar o movimento de unidade das centrais e organizações sociais, na luta contra os retrocessos do governo Bolsonaro.

Fonte: CUT-RS

 

EM APOIO À GREVE GERAL, DIA 14 NÃO HAVERÁ EXPEDIENTE NO SINDICATO

Diretora Elisa Araújo, divulgando a greve em Tramandaí

Diretora Elisa Araújo, divulgando a greve em Tramandaí



O Sindivigilantes do Sul está comprometido com a mobilização para a greve geral do dia 14 de junho e está fazendo a divulgação, com o carro de som, da paralisação que promete parar o Brasil contra a reforma da Previdência. Neste sentido, o presidente Loreni Dias avisa que não haverá expediente no sindicato no dia da greve, sexta-feira da próxima semana.

“No dia 14, todos os trabalhadores e trabalhadoras devem apoiar a greve, principalmente os vigilantes, porque essa reforma do governo não combate os privilégios, como prometeram, ela acaba, isto sim, com a aposentadoria especial da nossa categoria, torna muito mais difícil a aposentadoria de todo mundo e vai jogar os aposentados na miséria”, afirmou Dias.

Nesta segunda-feira (03), aconteceu uma audiência pública da Comissão Especial da Reforma da Previdência da Câmara dos Deputados, na Assembleia Legislativa, em Porto Alegre. O curioso é que não apareceu ninguém para defender a proposta do governo.  Foi um festival de críticas de deputados e dirigentes sindicais às mudanças que Bolsonaro quer implementar.

O presidente da Comissão Especial, deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM), chegou a perguntar se alguém queria defender a reforma, mas ninguém se apresentou> Ninguém teve coragem de defender algo tão absurdo e prejudicial ao povo brasileiro.

Já o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, disse que a audiência fortaleceu a luta contra a reforma e a preparação da greve geral.  “Temos que parar tudo no dia 14 de junho para derrotar essa proposta desumana do governo”, afirmou.