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PRESIDENTE DA CUT, VAGNER FREITAS: “A NOSSA LUTA CONTINUA, AGORA É NO SENADO”

Câmara dos Deputados votou contra os trabalhadores e as trabalhadoras, afirma Vagner

Câmara dos Deputados votou contra os trabalhadores e as trabalhadoras, afirma Vagner



“A luta agora é no Senado. Vamos pressionar os 81 senadores e senadoras a dizer não a esse texto da reforma da Previdência. Lutaremos até o fim para impedir essa crueldade com as trabalhadoras e os trabalhadores brasileiros”, convocou Vagner Freitas. O presidente da CUT está em Brasília, onde acompanha, com críticas e protestos, a votação da reforma da Previdência.

A Câmara aprovou na noite desta quarta-feira (10), em primeiro turno, o texto principal da proposta da reforma por 379 votos a favor e 131 contra. Eram necessários pelo menos 308 votos (3/5 dos deputados). O texto será agora submetido ao segundo turno de votação.

Bolsonaro usou muito dinheiro dos cofres públicos para garantir os votos favoráveis. Somente em julho e às vésperas da votação, o governo liberou mais de R$ 2,5 bilhões em emendas parlamentares distribuídas para beneficiar os deputados aliados, segundo apuração da ONG Contas abertas e dados oficiais.

O presidente também gastou R$ 40 milhões em propaganda enganosa e maciça veiculada nos horários nobres de rádio e televisão para convencer a população de que essa proposta é necessária para “promover justiça social, ampliar a capacidade de investimento e gerar empregos”. Mentira.

Vagner Freitas lembra que o mesmo ocorreu com a aprovação da reforma trabalhista, em novembro de 2017, quando o governo seguiu igual roteiro de distribuir verbas e mentir que a mudança da CLT levaria ao crescimento econômico e à geração de empregos.

“Falaram, à época, que seriam gerados 2 milhões de empregos. Passados quase dois anos, o que temos são 13 milhões de desempregados, mais de 26 milhões de desalentados e o aumento da informalidade, da precarização do emprego, a redução da renda e o País em crise, estagnado. O mesmo acontecerá com essa reforma da previdência”, afirma Vagner Freitas

Por isso, o presidente da CUT convoca: “Vamos marcar o nome de cada um desses deputados e deputadas que votaram a favor dessa reforma, vamos denunciá-los nas redes sociais, nas bases eleitorais deles como traidores da classe trabalhadora. É nosso dever”.

Vagner também convocou os sindicatos, os movimentos sociais a prosseguir e intensificar a resistência, o enfrentamento e a luta contra a reforma da Previdência. “Nós sabemos o jogo que há por trás de tudo isso, mas ainda não acabou. Tem a votação no Senado. Vamos fazer tudo que tiver de ser feito, até o fim, contra essa reforma”

Ele recordou que a CUT e demais centrais sindicais, com o apoio das Frentes Brasil Popular, Povo Sem Medo e movimentos sociais fizeram duas greves gerais, manifestações gigantescas e diversas formas de enfrentamento para barrar a reforma da Previdência.

“Essas mobilizações conseguiram retirar da proposta itens caros ao governo Bolsonaro, como a capitalização, a aposentadoria dos trabalhadores rurais e de uma série de outros trabalhadores. Foram vitórias da nossa mobilização permanente, das ações e da greve geral. Vamos lutar muito por mais vitórias como essas.”

Fonte: CUT Nacional

Greve Geral vai parar tudo no Rio Grande Sul nesta sexta-feira (14)

Centrais e movimentos sociais realizaram plenária de mobilização

Centrais e movimentos sociais realizaram plenária de mobilização



A unidade e mobilização das centrais sindicais e dos movimentos sociais irão parar o Rio Grande do Sul na greve geral de sexta-feira (14) contra a reforma da Previdência, em defesa da educação e contra o desemprego. Esse foi o sentimento dos participantes da plenária estadual, realizada no início da noite de segunda-feira (10), no auditório lotado do SindBancários, no centro de Porto Alegre.

Estiveram presentes dirigentes da CUT, CTB, UGT, CSB, Intersindical, CSP-Conlutas e CGTB. Também compareceram movimentos como MST, Marcha Mundial de Mulheres e Pastorais Sociais da CNBB, e organizações da juventude, como UNE, UEE, UJS, Umespa, Levante Popular da Juventude e coletivos de jovens do PT e PSol, dentre outras.

O presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, destacou o crescimento da mobilização no Estado nas últimas semanas. Vários sindicatos fizeram ou estão fazendo assembleias de trabalhadores para aprovar a adesão ao movimento. “Ninguém vai segurar os trabalhadores que estão decidindo parar para evitar o fim da aposentadoria, defender a educação e exigir geração de empregos”, afirmou.

Nespolo ressaltou a disposição de luta dos trabalhadores do setor de transporte. “Não somente irão parar os metroviários do Tensurb, mas também os rodoviários, que estão se manifestando favoráveis à greve geral, sobretudo depois das panfletagens das centrais que alertaram a categoria para “o fim da linha da aposentadoria especial, caso seja aprovada a reforma do governo Bolsonaro no Congresso”.

Os estudantes garantiram que estarão, desde a madrugada do dia 14, lado a lado com a classe trabalhadora na greve geral. Eles foram protagonistas ao tomarem duas vezes as ruas em maio. No dia 15, os jovens apoiaram a greve nacional da educação, marcada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), que parou o Brasil.

Dia 30, a juventude voltou a se manifestar após a convocação da União Nacional dos Estudantes (UNE), apoiada pelas centrais sindicais, contra os cortes de verbas para escolas, universidades e institutos federais.

Ato na Esquina Democrática

O presidente da CUT-RS anunciou que, no final da tarde do dia da greve geral, as centrais realizarão um ato, às 18h, na Esquina Democrática, com concentração a partir das 17h. O objetivo é potencializar o movimento de unidade das centrais e organizações sociais, na luta contra os retrocessos do governo Bolsonaro.

Fonte: CUT-RS

 

CUT E CENTRAIS REFORÇAM UNIDADE PARA A GREVE GERAL CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA, DIA 14

Mobilização já é grande para a greve que vai parar o País

Mobilização já é grande para a greve que vai parar o País



 

A CUT-RS e as centrais sindicais decidiram ampliar a mobilização no Estado para a greve geral de 14 de junho contra a reforma da Previdência, durante plenária realizada na manhã desta quarta-feira (29), que lotou o auditório do SindBancários, em Porto Alegre.

No encontro, também foi reafirmada a decisão de voltar às ruas com estudantes e professores, nesta quinta-feira (30), contra os cortes na educação. Haverá um ato, às 18h, na Esquina Democrática, no centro da capital gaúcha.

Presidente Dias compareceu à plenária

Presidente Dias participou da plenária

O encontro contou com a participação de dirigentes e entidades filiadas à CUT, CTB, Força Sindical, CGTB, CSP-Conlutas, Intersindical e CSB, além de movimentos sociais, como MST e Pastorais Sociais da CNBB. O presidente Loreni Dias participou, representando o Sindivigilantes do Sul.

Fim da linha para a aposentadoria dos rodoviários

O presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, denunciou que “a reforma da Previdência é cruel com os trabalhadores em condições insalubres”. Neste sentido, ele ressaltou que “a proposta de Bolsonaro é o fim da linha para a aposentadoria especial dos rodoviários”. Também os vigilantes perdem a sua aposentadoria especial.

Os metroviários decidiram que vão parar na greve geral e avisaram na plenária: “Não haverá trem dia 14”. Outros sindicatos já agendaram assembleias, como os bancários e os trabalhadores dos Correios. “Vai parar tudo”, projeta o presidente da CUT-RS.

As centrais também estão dialogando com os caminhoneiros, que estão igualmente se mobilizando para paralisar no dia 14. Todos saíram da plenária muito decididos a aumentar a mobilização nas próximas duas semanas, para barrar a proposta de reforma da Previdência de Bolsonaro (PEC 06/2019), que representa o fim do direito à aposentadoria de milhões de trabalhadores e trabalhadoras.

Veja por quê:

  1. Ela acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição e impõe a obrigatoriedade da idade mínima de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres.
  2. Aumenta o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para 20 anos.
  3. Muda o cálculo do valor do benefício para reduzir o valor pago pelo INSS: os trabalhadores vão receber apenas 60% do valor do benefício.
  4. Para ter direito à aposentadoria integral (100% do benefício), o trabalhador e a trabalhadora terão de contribuir por pelo menos 40 anos.
  5. Também prejudica quem já é aposentado, porque exclui da Constituição Federal a regra da reposição anual da inflação para os benefícios acima do salário mínimo. E mais: desvincula os valores dos benefícios do salário mínimo. Isso quer dizer que o benefício vai valer cada vez menos.
  6. Acaba com qualquer possibilidade de aposentadoria especial de categorias como os rodoviários e vigilantes.
  7. A proposta adota o sistema de capitalização, que seria uma espécie de poupança individual de cada trabalhador para sua futura aposentadoria. Porém, atualmente, o sistema é solidário: o trabalhador, o governo e as empresas contribuem para cobrir os benefícios de quem está aposentado. Mas, no sistema de capitalização, empresas e governo não vão contribuir com mais NADA.
  8. Ainda sobre a capitalização, nela o dinheiro dos depósitos dos trabalhadores vai para os bancos, que cobram taxas de administração. Na prática, isso rende menos que a poupança, como já se viu em outros países.
  9. Conforme relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), dos 30 países que adotaram o tal sistema de capitalização, 18 já desistiram dele, voltaram atrás porque foi um fracasso. E outros estão tentando modificá-lo, como no Chile, Mèxico, Colômbia e Peru, pois deixa os aposentados na miséria.
  10. No Chile, com esse sistema implantado na ditadura de Pinochet, mais de 80% dos aposentados recebem apenas meio salário mínimo ou até menos. Por isso, o país tem hoje o maior número de suicídios na América Latina, principalmente de idosos.
  11. Assim como aconteceu no Chile, aqui os militares também não vão ser atingidos pela reforma. Se é mesmo boa, porque não vale para todos?

Para saber mais sobre o modelo de capitalização, clique aqui.

Para saber mais sobre a Reforma da Previdência, clique aqui.

Fontes: CUT Nacional, CUT-RS, União Gaúcha em Defesa da Previdência Social e Pública.

REAJA, PARTICIPE, LUTE POR SUA APOSENTADORIA!

PARTICIPE DA AUDIÊNCIA PÚBLICA EM DEFESA DA PREVIDÊNCIA E DAS APOSENTADORIAS, DIA 29

Previdência logo site



A direção do Sindivigilantes do Sul estará presente e convida toda a categoria a comparecer na Audiência Pública em Defesa da Previdência e das Aposentadorias, que acontecerá dia 29 de abril, segunda-feira, promovido pela CUT e o Fórum das Centrais Sindicais, partidos e movimentos populares.

O evento está marcado para começar às 10 horas, na Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag), localizada na Rua Santo Antônio, nº 121, no bairro Floresta, em Porto Alegre.

“Espero que os vigilantes não fechem os olhos e compareçam, porque a reforma da Previdência está aí e nossa aposentadoria especial vai acabar, vai pro ralo, com essa proposta do governo, além de acabar as aposentadorias de todos os outros trabalhadores e trabalhadoras também, se liguem!”, disse o presidente do sindicato, Loreni Dias.

Estará presente na audiência o senador Paulo Paim, coordenador da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência Social. Foi ele quem propôs a CPI da Previdência, em 2017, que provou que não há déficit nem rombo no sistema.  “A CPI concluiu que o problema da Previdência é de gestão, sonegação, dívidas não cobradas, ausência de fiscalização mais rigorosa, desonerações e desvinculação de receitas”, afirmou Paim.

O Sindicato também está recolhendo assinaturas para um abaixo-assinado das centrais sindicais que será encaminhado ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, contra a PEC 06/2019, que modifica o sistema de Previdência do País.

A proposta do governo Bolsonaro aumenta o tempo de contribuição e de trabalho, diminui o valor dos benefícios e altera a seguridade social (aposentadorias, benefícios como o BPC e as políticas de saúde), diz o texto do documento.

O abaixo-assinado está com diretores e na sede do sindicato. Assine e participe da audiência pública, temos que nos juntar aos demais sindicatos e trabalhadores e impedir que essa proposta seja aprovada. Vem pra luta!

Quem ganha com o caos e quem morre na lama? – Claudir Nespolo

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Mesmo com a crise financeira desencadeada em 2008 e o clima de instabilidade social reinante, o número de bilionários e a concentração de riqueza não cessam de crescer. Estima-se que a riqueza de 26 bilionários equivale à renda de 3,8 bilhões de pessoas. Os bilionários não nutrem nenhuma preocupação com os pobres, os inempregáveis e os “sobrantes”. Para eles, a desigualdade é natural. Reclamam, inclusive, que são injustiçados pelos regimes tributários e tolhidos pelo excesso de regulação.

Jeff Bezos, o homem mais rico do planeta, possui uma fortuna de 112 bilhões de dólares. Apenas 1% da riqueza de Bezos corresponde ao orçamento anual destinado à saúde da Etiópia, um país de 105 milhões de habitantes. Mukesh Ambani, o mais rico da Índia, reside em um edifício de 170 metros de altura, no valor de 1 bilhão de dólares, a casa particular mais cara do mundo. Richard Branson, o bilionário britânico do grupo Virgin Galactic, aplica parte de sua riqueza em um submarino de titânio e fibra de carbono, um brinquedinho para exploração das profundezas oceânicas.

Calcula-se que seis, de uma lista de 31 bilionários nativos, possui a mesma riqueza que o somatório de 103 milhões de brasileiros. Foi divulgado que o salário de Fabio Schvartsman, atual presidente da Vale, é de R$ 1,6 milhão por mês. É o mesmo que avaliou em R$ 100 mil a indenização para cada vítima fatal de Brumadinho.

As grandes descobertas tecnológicas, financiadas pelas corporações desses semideuses, estão a serviço da busca frenética pela imortalidade, a evasão do planeta terra através da exploração espacial e a produção de controles físico e subjetivo dos seres humanos. O mais chocante é que o capital aprendeu a extrair dividendos com a destruição programada da natureza. Os “derivativos climáticos” e as “obrigações de catástrofe” fazem o maior sucesso no mundo financeiro.

Os investimentos dessas corporações são protegidos por seguradoras e os riscos, convertidos em títulos (“cat bond”), flutuam no cassino global. Depois de Brumadinho, a Vale do Rio Doce sairá mais rentável. Na verdade, os bilionários lucram com o caos e os trabalhadores são sufocados pela lama da desigualdade.

Claudir Nespolo é metalúrgico e presidente da CUT-RS

(Artigo publicado no jornal Zero Hora e no portal Sul21)

Fonte: CUT-RS

Apesar do frio, mais de 3 mil trabalhadores tomaram as ruas de Porto Alegre para dar um basta aos retrocessos de Temer e Sartori

Manifestantes cobraram um basta ao desemprego e à retirada de direitos trabalhistas, entre outros itens

Manifestantes cobraram um basta ao desemprego e à retirada de direitos trabalhistas, entre outros itens



Apesar do frio de 8 ºC e do vento gelado, que baixou ainda mais a sensação térmica,  mais de 3 mil trabalhadores tomaram as ruas de Porto Alegre na manhã de sexta-feira, 10 de agosto, o Dia do Basta, dando basta aos retrocessos dos governos Temer e Sartori, ambos do MDB. O protesto foi promovido pela CUT e centrais sindicais em todo o país, com paralisações e manifestações, alertando a sociedade para a dura realidade da classe trabalhadora após o golpe de 2016.

Os manifestantes cobraram um basta ao desemprego, à retirada de direitos trabalhistas, ao aumento dos preços do gás de cozinha e dos combustíveis, às privatizações e à entrega do pré-sal e da soberania nacional. Também defenderam um basta à perseguição jurídica e midiática ao ex-presidente Lula, condenado sem provas e preso político desde 7 de abril, em Curitiba, para tentar impedi-lo de ser candidato nas eleições de outubro.

Houve também paralisações parciais em escolas, empregos e bancos em todo o Rio Grande do Sul, dialogando com a sociedade e abrindo espaços na mídia para mostrar a indignação dos trabalhadores e das trabalhadoras.

Basta de desemprego e reforma trabalhista

A mobilização na capital gaúcha começou com uma concentração desde as 8h em frente à Fecomércio, na Avenida Alberto Bins, reunindo dirigentes da CUT, CTB, Força Sindical, UGT, Intersindical e CSP Conlutas. Compareceram professores, funcionários públicos, metalúrgicos, sapateiros, petroleiros, bancários, trabalhadores da Saúde e da Alimentação, dentre outras categorias, além de estudantes e movimentos sociais.

A sede da federação empresarial dos comerciantes foi escolhida como ponto de partida das manifestações do Dia do Basta por ter sido apoiadora do golpe, que derrubou sem crime de responsabilidade a presidenta Dilma Rousseff. Um dos objetivos dos golpistas foi desmontar a CLT e aprovar a reforma trabalhista, provocando desemprego, retirada de direitos históricos e precarização do trabalho para aumentar os lucros dos empresários.

O presidente em exercício da CUT-RS, Marizar de Melo, denunciou que centenas de empresas gaúchas abriram pedidos de falência após as políticas desastrosas do governo Temer. “A promessa do empresariado era que a reforma traria mais empregos para o povo brasileiro, isso não aconteceu. A cada dia, cresce o número de empresas fechando suas portas, aumentando a fila do desemprego e trazendo desespero às famílias gaúchas”, salientou. “Basta da retirada de direitos, fora golpistas!”

Marizar apontou uma saída para a atual situação do país. “Nós somos aqueles que sonham com o momento em que o Brasil voltará a ser feliz, com Lula livre e eleito presidente”, afirmou o dirigente sindical antes de se somar aos companheiros e participar da caminhada que passou nas principais vias do centro da cidade.

Basta de desmonte do estado e de ataques aos servidores

Após as falas das centrais, por volta das 10h, os manifestantes se deslocaram até a Praça da Matriz, percorrendo a Avenida Alberto Bins, Doutor Flores, Salgado Filho e Jerônimo Coelho. Ao longo da caminhada, várias pessoas expressaram apoio e solidariedade ao protesto.

Diante  do Palácio Piratini, em alto e bom som, os trabalhadores exigiram um basta ao parcelamento dos salários do funcionalismo público e à política de desmonte do estado do governo Sartori.

“Basta de tortura psicológica aos servidores gaúchos, que sequer sabem quando vão receber seus salários. Já são 32 meses de atrasos e parcelamentos. A categoria atendeu ao nosso chamado e hoje muitas escolas fecharam as portas. Os educadores e educadoras foram às ruas, pois sabem da importância de impedirmos o avanço desse projeto de estado mínimo, que pode culminar na privatização da escola pública”, afirmou a presidente do Cpers Sindicato, Helenir Aguiar Schürer.

“Estamos aqui em frente ao Piratini para dizer que vamos resistir. Nossa palavra de ordem, mais do que nunca, é resistência. O que precisamos é de um estado indutor, que fomente o desenvolvimento social e que distribua renda, investindo impostos em educação, saúde e segurança”, frisou.

Depois, os manifestantes tomaram as ruas Espírito Santo e Demétrio Ribeiro e avenidas Borges de Medeiros e Praia de Belas, onde se uniram aos servidores da Justiça do Trabalho para terminarem a marcha em frente ao Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS).

Ao longo da caminhada, houve manifestações do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa). A categoria está há 11 dias em greve contra os salários congelados, os projetos que atacam direitos e a falta de negociações com o prefeito Nelson Marchezan Jr. (PSDB). Basta de ataques e de falta de diálogo com os servidores!

Também se uniram à marcha os petroleiros, que pela manhã fizeram protestos em frente à Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas. Eles denunciaram o aumento do gás de cozinha e dos combustíveis, a venda do pré-sal e a tentativa de privatização de refinarias, reforçando a necessidade de combater a privatização da Petrobrás. Basta de entreguismo!

Defesa da Justiça do Trabalho e dos direitos sociais

No ato em defesa da Justiça do Trabalho e dos direitos sociais, as centrais, associações de servidores e representante do TRT-RS fizeram pronunciamentos, mesmo com o forte vento que soprava, propondo a revogação da reforma trabalhista e defendendo a importância deste ramo do Judiciário para a proteção aos direitos dos trabalhadores.

“Hoje nós fomos a uma entidade empresarial que defendeu o golpe, que defende salário precarizado, o desemprego e uma economia fragilizada e que defende a venda do Brasil para atender os interesses estrangeiros”, disse o secretário-geral adjunto da CUT-RS, Amarildo Cenci, ao lembrar o início das manifestações do Dia do Basta.

“Nós queremos afirmar: a Justiça do Trabalho é necessária como um direito social dos trabalhadores brasileiros”, destacou.

Fonte: CUT-RS

Enquanto empresários “comemoram” no Hotel Sheraton, trabalhadores protestam contra reforma trabalhista

Atividade ocorreu no dia em que completou um ano da sanção da lei 13.467/2017

Atividade ocorreu no dia em que completou um ano da sanção da lei 13.467/2017



A CUT-RS, centrais sindicais, CPERS, federações e sindicatos fizeram nesta sexta-feira (13) um ato público contra a reforma trabalhista e o desemprego em frente ao Hotel Sheraton, no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre. A manifestação aconteceu durante reunião-almoço, com “inscrições gratuitas”,  promovido por confederações e federações empresariais. em parceria com a Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, presidida pelo ex-ministro do Trabalho e deputado golpista Ronaldo Nogueira (PTB-RS).

A atividade ocorreu no dia em que faz um ano da sanção da lei 13.467/2017 pelo presidente golpista Michel Temer (MDB), que rasga a CLT, retirando direitos e precarizando o trabalho.

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Sindicalistas vaiaram empresários que chegaram para o encontro que comemorou roubo de direitos dos trabalhadores

Com anúncios e propagandas enganosas em páginas inteiras, publicados diariamente desde a semana passada nos principais jornais da capital gaúcha, além de inserções em rádios e sites, o evento dos empresários foi batizado de “Jornadas Brasileiras de Relações do Trabalho” e vem sendo realizado em várias cidades do estado, incluindo bases eleitorais do deputado, como Carazinho, para “comemorar” o primeiro aniversário da reforma trabalhista, que só trouxe prejuízos para a classe trabalhadora.

Entre os financiadores dessas “jornadas”, que ocorrem no período que antecede as eleições de outubro, quando o deputado Ronaldo Nogueira concorre à reeleição, estão entidades patronais, como CNI, Consif, Febraban, Fiergs, Federasul, Fecomércio, Farsul e ADCE.

 

Quadrilha de ladrões de direitos

Com faixas e bandeiras, os manifestantes se anteciparam à chegada de empresários. Um a um, os convidados foram sendo vaiados ao descerem dos carros de luxo no acesso ao hotel.

“Vocês prometeram emprego e o resultado dessa reforma está aí: 14 milhões de desempregados e mais os que desistiram de procurar trabalho”, denunciou o presidente licenciado da CUT-RS, Claudir Nespolo. “Cadê os empregos que vocês prometeram?”, perguntou.

“Quadrilha de ladrões de direitos, que se reúnem no Sheraton, o hotel mais chique de Porto Alegre, achando que nós não viríamos aqui, mas nós viemos sim”, disse o metalúrgico.

“Vocês são falcatruas. E você, Nogueira, não volta pra Brasília, porque é também um ladrão de direitos. Você foi servil à ganância da elite econômica brasileira”, avisou Nespolo, uma vez que as entidades filiadas à CUT farão campanha para que não seja reeleito quem votou contra os trabalhadores.

Nespolo criticou duramente os empresários que financiaram o golpe em troca da reforma trabalhista. “Uma elite empresarial falida e preguiçosa que, ao invés de trabalhar, prefere aumentar seus lucros à custa da retirada dos direitos dos trabalhadores. Vocês estão aqui para comemorar, mas não se esqueçam de que não existe almoço grátis no capitalismo”, ironizou. “Vocês preferem arrancar o couro do trabalhador. Vocês são uma vergonha para o Brasil!”

“Vocês roubaram o futuro do emprego no Brasil. Mas nós vamos derrotar vocês nas eleições. Vocês vão ter que engolir Lula e a esquerda”, concluiu.

Assista ao vídeo com a fala de Claudir Nespolo clicando aqui!

 

CUT-RS apoia greve dos petroleiros e rejeita modelo de gestão de Temer e Pedro Parente na Petrobrás

Central defende a Petrobras como empresa pública

Central defende a Petrobras como empresa pública



A CUT-RS defende o fim do atual modelo de gestão privada na Petrobrás do golpista Temer e do atual presidente da empresa, o tucano Pedro Parente, responsável pela paralisação dos caminhoneiros, iniciada no último dia 21, e pela anunciada greve de 72 horas dos petroleiros, que começa a partir desta quarta-feira (30).

A solução apontada para resolver o problema que atinge todos os brasileiros é a redução dos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha, com o abandono da política de aumentos de acordo com as flutuações do dólar e do barril de petróleo no mercado internacional.

A mobilização dos caminhoneiros e petroleiros foi apoiada em reunião ampliada da Executiva Estadual, junto com a Caravana Regional na CUT Metropolitana, na manhã desta segunda-feira (28), no auditório do Sindipolo, no centro de Porto Alegre.

Foi aprovada a realização do Acampamento da Soberania, junto ao portão de entrada da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, onde as entidades sindicais e os movimentos sociais prestarão apoio e solidariedade à mobilização.

Atual modelo favorece multinacionais e acionistas privados

O presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, ressaltou também que “a Petrobras tem que acabar com a exportação de petróleo cru para ser refinado no exterior, uma vez que diminui a utilização das refinarias, aumenta a importação de combustíveis e eleva os preços cobrados do consumidor”.

“Quem ganha com esse modelo perverso de gestão implantado pelos golpistas são as multinacionais do petróleo e os acionistas privados da Petrobrás e quem perde são os brasileiros, os maiores acionistas da empresa, que são obrigados a pagar uma conta que não para de aumentar”, frisou.

O dirigente sindical destacou ainda a importância da defesa da Petrobrás como empresa pública. “Somos contrários à política de privatização de refinarias, como a Refap, e terminais, como a Transpetro, pois isso enfraquece o maior patrimônio do Brasil, que pertence ao povo brasileiro e não aos golpistas e seus financiadores”, salientou Nespolo.

Intervenção militar, não

Para a CUT-RS, a paralisação dos caminhoneiros é um movimento difuso, onde se encontram motoristas de caminhões, autônomos e transportadoras. O diretor executivo da CUT-RS, Marcelo Carlini, defendeu a democracia e alertou para setores infiltrados no movimento, que querem uma intervenção militar. Vários são apoiadores do deputado e pré-candidato Jair Bolsonaro (PSL-RJ). “Além de golpista, ele votou a favor da reforma trabalhista de Temer, tirando direitos da CLT e precarizando o trabalho”, afirmou.

Carlini lembrou que documento recentemente divulgado pela CIA mostra que adversários políticos foram torturados e assassinados, durante a ditadura militar instalada em 1964, por ordem de generais que presidiram o Brasil. Ele disse ainda que os militares ainda hoje desfrutam de privilégios inaceitáveis, como o pagamento de pensões vitalícias para filhas solteiras, independente da idade.

Reduzir o lucro da Petrobrás

“Não podemos deixar que retirem dinheiro do orçamento público para pagar os acionistas privados”, afirmou o secretário de Saúde do Trabalhador da CUT-RS, Dary Beck Filho, criticando duramente a proposta de Temer negociada com os caminhoneiros, que prevê o uso de recursos do governo e a redução de impostos para manter intactos o lucro da Petrobras.

Conforme Dary, que é também diretor do Sindipetro-RS, isso significaria cortar verbas da saúde e educação, que já foram congeladas por 20 anos pelos golpistas, com o apoio da maioria do Congresso Nacional. “Por que não se reduz o lucro da Petrobras para baixar os preços dos combustíveis?”, questionou.

Fracasso do golpe

O deputado federal Elvino Bohn Gass (PT-RS) também criticou o modelo de gestão da Petrobrás. Ele chamou a atenção para o fato de que as promessas dos golpistas não se realizaram, pois “a economia não cresceu e o desemprego aumentou”.

Segundo o deputado, a população já se deu conta do fracasso do golpe. “Com Lula e Dilma, a vida era melhor. Com o golpe, a vida piorou. Só Lula pode hoje melhorar a vida do povo”, destacou.

Somos todos petroleiros

O vice-presidente da CUT-RS, Marizar Melo, salientou a importância da greve de advertência dos petroleiros, dizendo que essa luta não é somente dos trabalhadores da Petrobrás, mas é de toda a sociedade brasileira.

“Somos todos petroleiros! O petróleo é nosso! Fora Temer! Fora Pedro Parente da Petrobrás! Fora golpistas! Lula livre!”, concluiu.

Resolução da Reunião Direção Executiva da CUT-RS  28/05

 Na manhã de hoje (28/05) a Direção Executiva da CUT-RS realizou reunião ampliada para avaliar a conjuntura e definir as ações a serem desenvolvidas no próximo período. A reunião aconteceu junto com a caravana da região metropolitana e contou com a presença das federações e sindicatos filiados.

Da análise da conjuntura firmou-se posicionamento no sentido de que a superação é investir no Brasil mais soberano, defender a democracia e Lula Livre. Superar a crise dos combustíveis é reverter a política dos golpistas e defender a Petrobrás, o nosso petróleo e a saída imediata do Pedro Parente, o “PEPA” da presidência da empresa.

Também ficou valorizada e reconhecida  a necessidade da organização dos comitês de mobilização e resistência nos sindicatos e regiões.

Ficou definida a divulgação de uma Nota da CUT-RS com este posicionamento e a confecção de material a ser levado para as categorias, caminhoneiros e sociedade em geral.

Solicitamos que cada sindicato  repercuta esta nota nos seus veículos de comunicação e distribua aos seus representados e população.  DOCUMENTO SEGUE EM ANEXO

Foi avaliada também a necessidade e importância da central e seus sindicatos na luta em defesa da Petrobrás e apoio irrestrito a Greve dos Petroleiros que terá seu início na zero hora  de quarta-feira. Para isso todos os dirigentes e militantes sindicais devem participar do início da greve a meia noite do dia 29 de maio em frente a REFAP em Canoas.

Em relação ao Ato em Defesa da Justiça do Trabalho marcada para quarta-feira dia 30 no TRT4 às 10h, amanhã terça-feira será discutida se será mantida. A CUT defende seu adiamento dada as dificuldades de deslocamento das pessoas para o evento.

 Amarildo Cenci
CUT-RS

Fonte: CUT-RS

Greve Nacional dia 5/12 será para defender aposentadoria

Proposta de mudanças de regras das aposentadorias deve ser  dia 6 de dezembro

Proposta de mudanças de regras das aposentadorias deve ser votada dia 6 de dezembro

A direção executiva da CUT orientou todos os dirigentes da Central, de sindicatos, confederações, federações e ramos a priorizar a organização da Greve Nacional contra a Reforma da Previdência, que será realizada no próximo dia 5 de dezembro.

E a resposta está sendo positiva. O setor de transportes já está organizando paralisações em vários Estados e grandes cidades. Na Bahia, Alagoas, Natal, Pernambuco, Uberlândia, Juiz de Fora, Vale do Paraíba e Distrito Federal já foram marcadas assembleias nos locais de trabalho para esta quinta (30). Em assembleia nesta terça (28), os metroviários de São Paulo já confirmaram a adesão à greve nacional.

A nova proposta de mudanças de regras para concessão de aposentadorias encaminhada pelo governo ilegítimo e golpista Michel Temer (PMDB-SP) ao Congresso Nacional deve ser votada no dia 6 de dezembro na Câmara dos Deputados e só a mobilização dos trabalhadores e das trabalhadores pode impedir essas mudanças, acredita o presidente da CUT, Vagner Freitas.

Se as novas regras forem aprovadas, os trabalhadores e as trabalhadoras de empresas privadas terão de contribuir durante 15 anos e receber 60% do salário benefício, que é uma média de todos os salários recebidos ao longo da vida – hoje, o beneficio se baseia em 80% da média dos maiores salários. Se quiser receber 100% do salário beneficio tem de contribuir durante 40 anos.

A direção executiva da CUT orientou todos os dirigentes da Central, de sindicatos, confederações, federações e ramos a priorizar a organização da Greve Nacional contra a Reforma da Previdência, que será realizada no próximo dia 5 de dezembro.

E a resposta está sendo positiva. O setor de transportes já está organizando paralisações em vários Estados e grandes cidades. Na Bahia, Alagoas, Natal, Pernambuco, Uberlândia, Juiz de Fora, Vale do Paraíba e Distrito Federal já foram marcadas assembleias nos locais de trabalho para esta quinta (30). Em assembleia nesta terça (28), os metroviários de São Paulo já confirmaram a adesão à greve nacional.

A nova proposta de mudanças de regras para concessão de aposentadorias encaminhada pelo governo ilegítimo e golpista Michel Temer (PMDB-SP) ao Congresso Nacional deve ser votada no dia 6 de dezembro na Câmara dos Deputados e só a mobilização dos trabalhadores e das trabalhadores pode impedir essas mudanças, acredita o presidente da CUT, Vagner Freitas.

Se as novas regras forem aprovadas, os trabalhadores e as trabalhadoras de empresas privadas terão de contribuir durante 15 anos e receber 60% do salário benefício, que é uma média de todos os salários recebidos ao longo da vida – hoje, o beneficio se baseia em 80% da média dos maiores salários. Se quiser receber 100% do salário beneficio tem de contribuir durante 40 anos.

Em conversa com o presidente da Câmara, Deputado Rodrigo Maia, na tarde desta quarta-feira, Vagner, Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT e representantes das demais centrais, exigiram a retirada da proposta da pauta.

Independentemente da resposta de Maia, Vagner afirma que é preciso fazer uma grande mobilização no dia 5/12. Segundo ele, “só conseguiremos derrubar  a Reforma da Previdência com negociação e muita mobilização NAS RUAS”.

Vagner convoca jovens a aderirem e mobilizarem o povo para a greve nacional

“Todos nós trabalhadores e trabalhadoras somos responsáveis pelo nosso futuro. O Temer quer acabar com a sua aposentadoria, mas ele quer fazer mais que isso, quer acabar com a aposentadoria do seu filho e do seu neto também. A juventude corre sérios riscos de não se aposentar, porque não terá como cumprir todas as exigências que o golpista quer para a aposentadoria”, explicou Freitas para os jovens CUTistas no Seminário “Ocupa CUT: juventude fazendo história”, que termina na próxima sexta (30).

Ocupa CUT: juventude fazendo história

Para marcar os 20 anos do Coletivo da Juventude, o “Ocupa CUT: juventude fazendo história” acontece entre os dias 28 e 30 de novembro, em São Paulo. O encontro que reúne jovens de mais de 22 estados e 18 ramos discute o papel da juventude em tempos de retrocessos.

Na manhã do primeiro dia aconteceu a reunião do Coletivo Nacional de Juventude na parte da manhã, onde foi exposto o projeto “Organizar, sindicalizar e formar a juventude brasileira para garantir direitos” em parceria com a O DGB Bildungswerk BUND, um dos maiores organizadores de licença educacional na Alemanha.

O projeto prevê uma pesquisa para que os sindicatos dialoguem nas bases, nos locais de trabalho, tanto rural como nos urbanos, conhecendo e discutindo com a juventude e trazer as perspectivas dos trabalhadores e das trabalhadoras e uma campanha de sindicalização de jovens.

“O movimento sindical precisa ser além do instrumento de luta a favor dos direitos da classe trabalhadora, precisa ser um instrumento que possa refletir na vida das pessoas , nos sonhos das pessoas, no anseio das pessoas, naquilo que as pessoas acreditam. Nós precisamos disputar a ideologia e principalmente desta juventude que dará continuidade a esse projeto”, explicou a secretária Nacional da Juventude da CUT, Edjane Rodrigues.

“Estamos apostando muito neste projeto, que foi pensado através da realidade dos jovens hoje, da necessidade que o movimento sindical tem em sindicalizar mais jovens e em reconhecer a importância dos jovens nos espaços políticos como estratégia de fortalecer o movimento sindical, principalmente neste momento que a gente tá vivendo de retrocesso, no qual a juventude será mais impactada”, destacou Edjane.

O encontro termina na próxima quinta (30) com um ato contra os desmontes em SP na praça da Sé às 9h.

Onde fica a dignidade no mundo do trabalho?

Reprodução do artigo na ZH desta quarta-feira, dia 15

Reprodução do artigo na ZH desta quarta-feira, dia 15

A formação da identidade humana, a construção da subjetividade e a garantia de sobrevivência estão diretamente vinculadas ao trabalho. Esse é um dos fundamentos para considerá-lo um direito humano. Paradoxalmente, a exploração do trabalho produz sofrimento, embrutecimento e diminuição da liberdade.

O trabalho livre, o assalariamento, jornadas de trabalho compatíveis com a integridade física, condições de trabalho que não atentem contra a saúde física e mental, legislações que protejam os trabalhadores (sujeitos mais vulneráveis nas relações de trabalho), o reconhecimento de instituições para representar os interesses coletivos (sindicatos), foram sendo progressivamente conquistados, dignificando o trabalho e fazendo a vida em sociedade valer a pena. 

A Lei 13.467/2017, conhecida como reforma trabalhista, entrará para a história, como uma das maiores aberrações jurídicas, em flagrante desacordo com os tratados internacionais, as convenções da OIT, a Constituição Brasileira e com os princípios da Justiça do Trabalho.

Politicamente, é fruto de um governo ilegítimo, com baixíssima popularidade e ventríloquo do empresariado mais arcaico e de um parlamento transformado em balcão de negócios, que tudo faz para aprovar mudanças estruturais, sem transparência e debate público.

Economicamente, reduzirá renda, diminuirá o consumo e causará azedume no ambiente de trabalho, com prejuízos na produtividade. Se aplicada, acirrará a concorrência espúria entre as empresas, aumentando a desorganização produtiva e a insegurança, tanto jurídica quanto econômica.

Socialmente será um desastre, pois a proliferação do emprego precário e indigno semeará informalidade e insegurança no trabalho.

Quando o presidente do TST propõe a equação “menos direitos e mais emprego”; quando membros do STF manifestam publicamente o desejo de extinguir a Justiça do Trabalho e suprimir o artigo 7º da Constituição Federal; quando o ministro do Trabalho, sabendo de uma avalanche de precarização e endurecimento das relações trabalho, se antecipou e tornou inócua a legislação que pune o trabalho análogo à escravidão; suspeitamos que falta pouco para ouvirmos que a flexibilização da Lei Áurea é indispensável para nos modernizarmos. 

Claudir Nespolo
Presidente da CUT-RS