EM CHAPA DE UNIDADE, AMARILDO CENCI É REELEITO PRESIDENTE DA CUT-RS

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A chapa de unidade, liderada pelo atual presidente da CUT-RS, professor Amarildo Cenci, foi eleita por unanimidade para o mandato de 2023-2027 da entidade, na tarde deste sábado (5), no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa. “Queremos que a classe trabalhadora seja cada vez mais protagonista na reconstrução do nosso país”, disse o dirigente reeleito.

Amarildo foi reeleito por unanimidade

Amarildo foi reeleito por unanimidade no Congresso

Mais de 400 delegados e delegadas do campo e da cidade, dos setores público e privado, participaram do 16º Congresso Estadual da CUT do Rio Grande do Sul (16º CECUT-RS), além de observadores e convidados, sob o lema “Luta, direitos e democracia transformam vidas”. O encontro foi aberto no início da noite de sexta-feira (4), com a presença do presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre.

O Sindivigilantes do Sul foi representado pela diretora Elisa Araújo e o diretor José Airton Trindade, como delegados da categoria, que acompanharam todo o evento, sexta-feira e sábado, e também votaram pela eleição unânime de Amarildo e da chapa de unidade.

José Airton e Elisa Araújo representaram a categoria dos vigilantes no congresso

José Airton e Elisa Araújo representaram a categoria dos vigilantes no congresso (Foto: Sindivigilantes do Sul)

Além de Amarildo, que é também diretor do Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro-RS), foram igualmente reeleitos, dentre outros, o vice-presidente da CUT-RS, Everton Gimenis, que é diretor do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre; a secretária-geral Vitalina Gonçalves, que é presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública Municipal de Gravataí (SPMG); e o secretário de Administração e Finanças da CUT-RS, Antônio Güntzel, que é sapateiro de Nova Hartz.

Volta do CPERS Sindicato

A nova direção tem a volta de dirigentes do CPERS Sindicato, que se refiliou à CUT no último dia 14 de julho. A presidente Helenir Aguiar Schürer será a secretária de Formação da CUT-RS e a secretária-geral Suzana Lauermann, a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-RS.

Também foram eleitos para a nova gestão o presidente do Sindiágua-RS, Arilson Wünsch, que será o secretário de Meio Ambiente da CUT-RS; o presidente do Sindisaúde-RS, Júlio Jesian, que assumirá o cargo de secretário de Saúde do Trabalhador da CUT-RS, e o coordenador-geral da Fetraf-RS, Douglas Cenci, que será o secretário de Mobilização e Relação com Movimentos Sociais da CUT-RS.

Três dirigentes não estão na nova direção da CUT-RS. O secretário de Comunicação, Ademir Wiederkehr, e a secretária da Mulher Trabalhadora, Mara Weber, se aposentaram, mas continuarão na luta. Já o ex-presidente Claudir Nespolo, apoiado pelo movimento sindical, é desde 17 de março o superintendente regional do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Ademir Wiederkehr e Mara Weber deixaram a direção

Ademir Wiederkehr e Mara Weber deixaram a direção

A eleição ocorreu no final do segundo dia do congresso, que começou com uma exposição sobre a autonomia do Banco Central e a sua política de juros altos, a exibição de um vídeo de balanço da gestão 2019-2023, a aprovação de resoluções sobre estratégias da CUT para o próximo período e do plano de lutas.

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Confira a nova direção da CUT-RS

Presidente
Amarildo Cenci

Vice-presidente
Everton Gimenis

Secretária-geral
Vitalina Gonçalves

Secretário de Administração e Finanças
Antonio Güntzel

Secretária de Formação
Helenir Aguiar Schürer

Secretário de Comunicação
Maria Helena de Oliveira

Secretário de Organização e Política Sindical
Alfredo Gonçalves

Secretária de Combate ao Racismo
Isis Garcia

Secretária da Mulher Trabalhadora
Suzana Lauermann

Secretário de Relações de Trabalho
Tiago Vasconcelos Pedroso

Secretário de Políticas Sociais
Ana Godoy

Secretária de Juventude
Caroline Barros da Silva

Secretário de Meio Ambiente
Arilson Wünsch

Secretário de Saúde do Trabalhador
Jílio Jesien

Secretária de Assuntos Jurídicos
Silvana Piroli

Secretário de Cultura
Paulo Farias

Secretário de Mobilização e Relação com Movimentos Sociais
Douglas Cenci

Secretária Executiva
Ivoni Marilei Rufino

Diretor(a) estadual
Adriana Machado de Assis
Aurélia Alves
Bianca Macedo da Costa
Cecília Bernardi
Cleonice Back
Cristiano Correa
Cristina Viana dos Santos
Dary Beck Filho
Doris Nogueira
Elaine Lorini
Eleandra Koch
Eloiz Cristino
Elton Oliveira Lima
Gerson Mattos
Gerson Pereira
Irineu Miritz Silva
João Emerson Campos
Marcelo Carlini
Maria Lucia Correa
Paulo Madeira
Paulo Rocha
Sávio Andre dos Santos
Terezinha Perissinotto
Walter Fogaça

Fotos: Matheus Piccini / CUT-RS
Fonte: CUT-RS

16º CONGRESSO DA CUT-RS TEM MAIS DE 400 DELEGADOS INSCRITOS

Congresso da CUT-RS - site



Sob o lema “Luta, Direitos e Democracia que transformam vidas”, o 16º Congresso Estadual da CUT Rio Grande do Sul (16º CECUT-RS), que será realizado nos dias 04 e 05 de agosto no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa, já tem a programação definida, com a participação do presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre.

Estão inscritos mais de 400 delegadas e delegados e mais de 40 observadoras e observadores, que foram eleitos pelas entidades filiadas.

Nos últimos quatros anos, apesar da pandemia, mais de 30 sindicatos se filiaram ou se refiliaram à CUT, como o CPERS Sindicato e o Sintrajufe-RS, dentre outros.

Além disso, várias entidades e movimentos sociais estão sendo convidadas para a cerimônia de abertura do evento, que também comemora os 40 anos de história da CUT com homenagens e confraternização.

Fundada em 28 de agosto de 1983, em plena ditadura militar, a trajetória da Central se confunde com a resistência do povo brasileiro contra o autoritarismo, a luta pelos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras e pela democracia.

Encontros dos Setores e Macrossetores

Antecedendo a abertura do 16º CECUT-RS, serão realizados Encontros dos Setores e Macrossetores para construir propostas de resoluções específicas para as lutas de cada segmento.

O primeiro a se reunir será o setor da Educação, que está marcado para a próxima segunda-feira (31), às 19h, através da plataforma Zoom, sendo preparatório para o Encontro do Macrossetor de Serviços Públicos.

Ao longo do evento, haverá mesas de debates com exposições de especialistas, balanço da atuação da CUT, aprovação de resoluções de estratégias da CUT e prioridades para o próximo periodo. Também será aprovado um plano de lutas e eleita a direção para a gestão 2023-2027.

O 16º CECUT-RS acontece antes do 14º Congresso Nacional da CUT (14º CONCUT), que será realizado entre os dias 19 e 22 de outubro, em São Paulo.

Construir e reconstruir o Brasil

O presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, afirma que “o CECUT vai ser o momento de consolidação desse expressivo crescimento que nós tivemos no estado. É o momento para fazer um bom debate, uma boa discussão sobre como nós vamos nos organizar, que sociedade nós queremos – mais democrática, com direitos -, que país desenvolvido nós queremos, com inclusão, com sustentabilidade e com um projeto de nação, que tem soberania, mas que dialogue com o mundo”.

Amarildo Cenci, presidente da CUT-RS

Amarildo Cenci, presidente da CUT-RS

“Nesse congresso particularmente temos uma expectativa de que a gente aprofunde a discussão sobre qual é o papel e o projeto da classe trabalhadora. Temos claro isso no sentido de nos organizarmos para intervir melhor nos locais de trabalho, nos territórios, nos espaços sociais em que participamos e como nós podemos ser protagonistas”, ressalta o dirigente sindical.

Amarildo espera que “juntos possamos construir uma classe organizada, uma classe que se comunica e uma classe que se entenda, a fim de construir e reconstruir o Brasil. Um Brasil de direito de inclusão econômica, social e cultural, respeitando a diversidade, as etnias e todas as diversidades”.

O Brasil da classe trabalhadora

Para a secretária-geral da CUT-RS, Vitalina Gonçalves, “o congresso é um momento de reconstrução do Brasil, uma reconstrução com as duas mãos da classe trabalhadora, que aponte para um desenvolvimento sustentável, que combata a desigualdade, que traga emprego com condições e direitos para a nossa classe trabalhadora”.

“O movimento sindical mais forte e organizado traz uma classe trabalhadora mais consciente e traz a possibilidade de um Brasil que, de fato, seja o nosso Brasil. O Brasil da classe trabalhadora”, destaca Vitalina.

Vitalina Gonçalves, secretária-geral da CUT-RS

Vitalina Gonçalves, secretária-geral da CUT-RS

A coordenação do 16º CECUT-RS é integrada pelos dirigentes Amarildo Cenci, Vitalina Gonçalves, Paulo Farias, Isis Garcia, Antonio Güntzel, Maria Helena de Oliveira, Ademir Wiederkehr e Marcelo Carlini.

Confira a programação!

PROGRAMAÇÃO

SEXTA – 4 DE AGOSTO

14h às 20h30 – CREDENCIAMENTO

14h às 17h – ENCONTRO DOS SETORES E MACROSSETORES

1. Indústria
2. Serviços Públicos
3. Transporte
4. Saúde
5. Comércio e Serviços
6. Agricultura Familiar
7. Ramo Financeiro

17h30 – APROVAÇÃO DO REGIMENTO INTERNO

18h – SOLENIDADE DE ABERTURA DO 16º CECUT-RS

18h30 – PAINEL 1: CRISE DO CAPITALISMO E RUMO A UMA NOVA ORDEM MUNDIAL

Paulo Gilberto Fagundes Visentini, professor titular de Relações Internacionais da UFRGS

19h30 – PAINEL 2: A ESTRATÉGIA CUTISTA PARA RECONSTRUÇÃO DO BRASIL E O ENFRENTAMENTO AO GOVERNO EDUARDO LEITE

Sérgio Nobre, presidente da CUT Brasil
Mari Perusso, coordenadora da Bancada do PT na Assembleia Legislativa do RS

22h – CUT 40 ANOS: HOMENAGENS E CONFRATERNIZAÇÃO

SÁBADO – 5 DE AGOSTO

8h30 – PLENARINHA

10h – MESA 2: BALANÇO DA ATUAÇÃO DA CUT

9h30 – PAINEL 3: AUTONOMIA DO BANCO CENTRAL E SUA POLÍTICA DE JUROS ALTOS

Victor Pagani, supervisor técnico do Dieese em São Paulo

10h30 – MESA 3: RESOLUÇÕES DE ESTRATÉGIA DA CUT

Observação: é imprescindível que cada delegado e delegada leia o Caderno do Texto-Base do 14º CONCUT

13h – ALMOÇO

14h – MESA 4: APROVAÇÃO DAS RESOLUÇÕES DE PRIORIDADES PARA O PERÍODO DA DIREÇÃO GERAL, COLETIVOS, SETORES E MACROSSETORES

15h – APROVAÇÃO DO PLANO DE LUTAS

16h – ELEIÇÃO DA NOVA DIREÇÃO – GESTÃO 2023-2027

17h – ENCERRAMENTO

Fonte: CUT-RS

A MORTE JÁ NÃO CAUSA MAIS ESPANTO

Presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci

Presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci



Amarildo Cenci – Presidente da CUT – RS

O individualismo anda abraçado com a indiferença. O outro tornou-se instrumento do interesse próprio. Os “descartáveis” são corpos privados de direitos e estão aí para serem intermediados por aplicativos. Os desvalidos perambulam pelas ruas e são percebidos apenas como incômodo visual. O sofrimento alheio não comove mais. Para culpá-los, criou-se a meritocracia e o ópio da teologia da prosperidade. Inventou-se até um gesto para exaltação da violência: a mão em forma de arminha.

A pandemia esparramou as contradições de um sistema que se divorciou da civilização. A força educativa do trágico colocou freios na marcha em direção à barbárie. A imagem dos médicos cubanos desembarcando em Milão, epicentro da Covid-19, mostrou que a cooperação internacional é mais sensata que a usurpação da soberania e os embargos.

O silêncio dos bilionários neste momento revela que o estado democrático é preferível que a mão invisível do mercado financeiro. O esforço científico para salvar vidas é melhor que a estupidez com requintes medievais. A instalação de comitês de salvação em várias localidades revalorizou a esfera pública sufocada por mentiras logaritimizadas nos laboratórios de manipulação em massa. O cotidiano abalado pelo isolamento social se reencontrou com a sensibilidade perdida e a possibilidade do luto restaurou o sentido do cuidado com o outro.

O capitão reagiu. Restaurou o palavreado bélico. “Na guerra, as baixas são inevitáveis. Os atletas sobreviverão”. O deboche da “gripezinha” atiçou a horda que em carreatas urrou a volta ao trabalho e às compras. A máquina de fake news inundou o senso comum impaciente com a quarentena. Os cuidados afrouxarão e as consequências serão terríveis.

Os que riam com a governança mambembe do presidente que governa, como se estivesse em um boteco com um taco de sinuca na mão e o copo de cerveja na outra, estão perplexos. As instituições que sobrevivem com o mínimo de dignidade prometem conter essa opção genocida. É hora de ficar em casa e acender a luz da solidariedade. Nossa missão é defender a vida, os direitos e a democracia.

 – Artigo publicado em 03/04/2020 em Zero Hora e Sul21.