O Sindivigilantes do Sul realizou assembleia de campanha salarial, na manhã desta terça-feira (22), em Porto Alegre. A segunda sessão acontece à noite, a partir de 19 horas, no auditório do Sindipolo. Ele está localizado na Avenida Júlio de Castilhos, 596, 8º andar, bem próximo à Estação Rodoviária.
Ontem à noite (21) foi realizada a assembleia em São Luiz Gonzaga. Está em discussão a última proposta de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), obtida da negociação dos sindicatos dos vigilantes que fazem campanha unificada com a entidade patronal (Sindesp). Veja a íntegra clicando no link.
Assembleia em São Luiz Gonzaga, ontem à noite (21)
A assembleia da manhã aprovou a proposta mas com algumas ressalvas importantes, referentes a cláusulas que ainda precisam ser modificadas, no entendimento do sindicato e da maioria dos presentes.
O presidente do Sindivigilantes do Sul, Loreni Dias, voltou a ressaltar as grandes dificuldades dessa negociação, devido à reforma trabalhista, e o jogo duro das empresas contra o sindicato: “Até o repasse das mensalidades dos associados as empresas cortaram”, disse.
Veja agora mais detalhes dessa proposta, conforme apresentação do advogado Arthur Dias Filho, assessor jurídico do Sindivigilantes do Sul.
– Reajuste: não houve mudança, continua sendo de 2,81% para o salário e Vale Alimentação, que passa a valer R$ 19,23. As empresas dizem que já estão pagando um valor acima da inflação.
– Retroatividade: o pagamento dos salários reatroativo à data-base 1º/02 foi garantido. Mas ainda é preciso garantir que isso valha para o VA também.
– Para os vigilantes bancários, foi assegurado o pagamento das horas extras quando a jornada semanal ultrapassar as 44 horas.
– Adicional noturno: na proposta anterior, apresentada no TRT, semana passada, a patronal havia excluído a hora prorrogada noturna (hora extra a partir das 5h). Mas isso foi negociado e acabou mantido, ou seja, será pago.
– Foi garantida a periculosidade aos ASPs, que estava sendo retirada pela patronal, uma vez que muitos trabalham em locais periculosos, como o Polo Petroquímico.
– Foi garantida a estabilidade pré-aposentadoria, pois havia uma cláusula que autorizava a demissão em caso de perda de posto pela empresa. Isso não consta mais na proposta.
– Intervalo: é um ponto em discussão, uma vez que a patronal quer manter a cláusula de intervalo após a primeira hora de trabalho. O sindicato entende que deve se garantir em convenção o intervalo diurno entre 11h e 14h. Também está em discussão a redução da pausa para 30 minutos, bem como o fracionamento.
– Também foi modificada a cláusula que autorizava o início das férias em dia de repouso ou feriado. Agora, isso só poderá ocorrer no caso da 12 x 36, quando o vigilante estiver no gozo das 36 horas. Para os demais casos não poderá acontecer.
– O adicional de troca de uniforme será mantido no cálculo da periculosidade (estava sendo excluído na outra proposta).
– Passam a ser aceitos atestados de médicos particulares.
– Foi restabelecida a multa por atraso de salários, conforme CCT passada.
– A patronal quer fechar a negociação para 2019-2020, com reajuste para o ano que vem da inflação acumulada (INPC) mais 10% do INPC. Por exemplo, se a inflação for 3%, o reajuste seria de 3,3%. O sindicato recomenda que a assembleia não aceite, pois teremos eleição e a inflação pode disparar, seria muito arriscado antecipar o valor do reajuste.
– Portanto, pedimos o corte de todas as cláusulas com referência a 2020 na proposta em discussão.
– Sobre a complementação da carga horária no final de semana, no caso do vigilante bancário fazer menos que as 44 horas semanais: estamos pedindo que ele receba isso como horas extras e em tempo não inferior a seis horas, para que possa receber o vale-alimentação.
– Também estamos reivindicando que o vigilante bancário receba hora extra caso fique com as chaves do banco, à disposição do estabelecimento, para o atendimento de ocorrências.
– Cumprimento de aviso prévio em cliente diverso do qual está trabalhando: o sindicato está reivindicando que seja num local próximo, com uma distância mínima do posto original que seja aceitável.
– Querem tirar o descanso prévio de 15 minutos das mulheres quando o trabalho for prorrogado: o sindicato defende a manutenção.
– Estamos reivindicando que seja assegurado aos vigilantes da escolta armada o pagamento das horas extras após a jornada de trabalho.
– Na proposta patronal constava a permissão para adoção pelas empresas de toda e qualquer escala. Isso foi retirado, não consta mais.
Este é um resumo, para saber mais, esclarecer suas dúvidas e manifestar sua opinião, compareça às assembleias que ainda estão para acontecer:
CALENDÁRIO DAS ASSEMBLEIAS
22/05 – Porto Alegre
Sindipolo
Av. Júlio de Castilhos 596 8º andar
Centro – Porto Alegre/RS
19h – 19h30 (segunda chamada)
22/05 – Mostardas
Câmara Municipal de Vereadores de Mostardas
Rua: XV de Novembro,648
Centro – Mostardas /RS
19h – 19h30 (segunda chamada)
23/05 –São Jerônimo
Câmara Municipal de Vereadores de São Jerônimo
Rua : Osvaldo Aranha,175
Centro – São Jerônimo /RS
19h – 19h30 (segunda chamada)
24/05 – Camaquã
Sindicato do Comércio
Rua: Cristovão Gomes de Andrades 791
Centro – Camaquã/RS
19h – 19h30 (segunda chamada)
ESPERAMOS VOCÊ, COMPAREÇA!