Sindivigilantes aciona Internacional por irregularidades nos eventos do Beira-Rio

Sindicato cobra curso de grandes eventos para trabalho nos jogos

Sindicato cobra curso de grandes eventos para trabalho nos jogos



O presidente do Sindivigilantes do Sul, Loreni Dias, encaminhou, nesta terça-feira (11), ofício na direção do Sport Club Internacional, em Porto Alegre, cobrando explicações do clube sobre denúncias de irregularidades na segurança de grandes eventos no Estádio Gigante da Beira-Rio.

“Temos informações de que a maioria dos que fazem a segurança nos jogos não têm curso de grandes eventos e não sabemos se a empresa terceirizada contribui com o INSS e  outras obrigações”, afirma Dias. Atuam nos jogos do estádio a Epavi e outra empresa que contrata, segundo dizem, “tarefeiros” sem qualificação para o trabalho.

Não é a primeira vez que o sindicato toma esse tipo de providência. A Polícia Federal já foi acionada, anteriormente, mas consta que a empresa terceirizada continua atuando através de liminar judicial.

Descumprimento da CCT

Em nova ofensiva, o sindicato notifica o clube que “vem recebendo inúmeras denúncias de trabalhadores referentes ao desrespeito de direitos trabalhistas por parte da empresa que presta serviços de vigilância à empresa ora oficiada (Inter), a exemplo do não pagamento de valores previstos na CCT, entre outros direitos como alimentação, transporte, FGTS, ISS, etc”.

Continua o documento: “Ademais, os empregados denunciaram que a sua empregadora sequer está anotando em suas CTPS’s os contratos de trabalho, o que gera outra violação aos direitos trabalhistas desses empregados, sendo que sequer é informado a esses trabalhadores o correto nome de seu empregador.”

O sindicato ressalta que são graves as denúncias e solicita a confirmação de várias informações ao clube. Entre elas, o nome completo, endereço e CNPJ das empresas que prestam ou prestaram serviços de vigilância de grandes eventos no Beira-Rio nos últimos cinco anos. E quem é o gestor do contrato do Inter com a empresa contratada para esse serviço.

Comunicação à PF

Também pede que informe se o clube “antes da realização de cada evento faz prévia comunicação à Polícia Federal para eventual necessidade de fiscalização”. Por fim, o sindicato solicita que o clube passe a exigir da empresa contratada o cumprimento de todos as suas obrigações trabalhistas.

O Inter tem o prazo de cinco dias para responder. Não havendo retorno, o sindicato poderá protocolar denúncia junto aos órgãos competentes, como o Ministério Público do Trabalho, além de demanda na Justiça para defender os direitos dos trabalhadores.