PF autua 60 empresas gaúchas na Operação Segurança Legal

 

Delegado Marcello Picarelli, da Delesp no Estado

Delegado Marcello Picarelli, da Delesp no Estado

A Operação Segurança Legal, deflagrada pela Polícia Federal em todo o país, sexta-feira (30), fiscalizou 36 empresas na Região Metropolitana de Porto Alegre e mais de 50 no interior do Estado. Todas tinham indício de irregularidades e 60 acabaram notificadas porque, realmente, estavam atuando na segurança privada de forma ilegal.

Algumas, inclusive, já tinham sido notificadas anteriormente, contou o delegado Marcelo Picarelli, da Delegacia Especializada de Controle de Segurança Privada da PF no Estado. Segundo o delegado, elas continuavam no mercado, sob a alegação de que segurança desarmada não precisava se enquadrar na legislação do setor e nem prestar contas de sua atividade à PF.

Esta operação foi planejada pela direção da PF em Brasília e desencadeada em todas as unidades no Brasil. Conforme Picarelli, foram constatados muitos casos de empresas de portaria fazendo serviço de segurança privada, inclusive ronda e transporte de valores, enquanto outras nem personalidade jurídica (CNPJ) tinham.

“Essas empresas irregulares foram notificadas, com intimação para que deixem o setor e, no limite, podem ser processadas por crime, desobediência e exercício ilegal da profissão”, afirmou o delegado. Ele observou que situação de insegurança que a população vive aqueceu esse mercado, atraindo a atenção de empresas clandestinas para o setor. “Contamos com a integração dos órgãos públicas, das empresas e sindicatos para termos esse ambiente da segurança privada o mais saudável possível”, completou.

Por coincidência, semana passada diretores do Sindivigilantes do Sul tiveram uma reunião com o delegado, na qual denunciaram algumas situações irregulares, no Camelódromo, Estação Rodoviária e Bradesco, que ele assumiu o compromisso de fiscalizar.