Cesta básica de Porto Alegre registra alta de 4,67% em janeiro e é a mais cara do país

Custo dos alimentos essenciais aumentou nas 20 capitais pesquisadas

Custo dos alimentos essenciais aumentou nas 20 capitais pesquisadas



Em janeiro de 2018, a Cesta Básica de Porto Alegre calculada pelo DIEESE registrou alta de 4,67%. Ela passou de R$ 426,74 em dezembro de 2017 para os atuais R$ 446,69. Mas, nos últimos 12 meses, registrou queda de 1,54%.

A cesta mais cara do mês foi a de Porto Alegre (R$ 446,69), seguida do Rio de Janeiro (R$ 443,81) e São Paulo (R$ 439,20). Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 333,98) e Aracaju (R$ 349,97).

Valor do salário-mínimo

Com base na cesta mais cara do mês passado, que foi a de Porto Alegre,
o DIEESE calcula que o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.752,65, ou 3,93 vezes o mínimo atual, já reajustado abaixo da inflação, no valor de R$ 954,00.

Em janeiro de 2018, o valor da Cesta Básica representou 50,89% do salário mínimo líquido, contra 49,50% em dezembro de 2017 e 52,63% em janeiro de 2017.

Aumento em todas as capitais

O custo do conjunto de alimentos essenciais aumentou nas 20 capitais em que o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.

As altas mais expressivas ocorreram em João Pessoa (11,91%), Brasília (9,67%), Natal (8,85%), Vitória (8,45%) e Recife (7,32%). As menores taxas de aumento foram anotadas nas cidades de Goiânia (0,42%) e Manaus (2,59%).

Variação em 12 meses

Em 12 meses, entre janeiro de 2017 e janeiro de 2018, 14 cidades acumularam diminuição na cesta básica. Merecem destaque as reduções anotadas em Manaus (-9,93%), Belém (-9,70%) e Salvador (-7,16%). As altas foram registradas em seis cidades e as mais expressivas ocorreram em Natal (3,11%) e Recife (2,90%).

Preços dos produtos

Dos treze produtos que compõem o conjunto de gêneros
alimentícios essenciais previstos, cinco subiram de preço: o tomate (34,84%), a banana (5,90%), a carne (4,39%), a batata (2,52%) e o óleo de soja (1,26%). Em sentido inverso, sete itens ficaram mais baratos: o feijão (-5,27%), o leite (-4,55%) o açúcar (-3,28%), o café (-2,75%), o arroz (-2,62%), o pão (-1,88%) e a manteiga (-1,46%). A farinha de trigo foi o único item que não registrou variação no mês.

Em 12 meses, oito produtos ficaram mais baratos: o feijão (-34,18%), a banana (-27,48%), o açúcar (-25,55%), óleo de soja (-15,22%), o arroz (-12,75%), a farinha de trigo (-6,21%), o leite (-4,55%) e o pão (-0,71%). Por outro lado, cinco itens
registraram alta: o tomate (50,89%), a batata (41,79%), a manteiga (16,06%), o café (4,03%) e a carne (0,90%).

FONTE: DIEESE